sábado, 23 de abril de 2011

O texto, a seguir, é postado aqui por dois motivos: primeiro por tratar-se de um Artigo de Opinião, portanto com características do tipo Dissertativo; em segundo, por ser uma reflexão sobre a situação de total irresponsabilidade pública a qual nossa cidade está entregue.

Independente e genial, Aninha Franco comprova mais uma vez o que muitos já desconfiavam: ela é uma das melhores colunistas deste País.

Boa Leitura!

Há tempos que a cidade não aniversaria com tanto ardor. O desespero faz disso. Dia houve que, quando passei pela fonte cantante da Praça da Sé, ouvi sua voz estrangulada, de fonte imunda, pedir socorro!   O Plano Inclinado, que funcionava regularmente, passou, regularmente, a funcionar às vezes. Vi na área interna do Elevador Lacerda uma mendiga com dotes artísticos encenar para usuários consternados, como se estivesse contratada pelo Centro Cultural da Câmara, a existência de uma dor que o figurino mentia.

Os remédios que deveriam estar à disposição da população nos centros de saúde, para controle de pressão, que, com os desserviços públicos sobe mais regularmente que o plano, tem, mas acabou. Não vou me estender sobre o lixo, o transporte, o metrô, a miséria e a insanidade dos que dizem que está tudo bem e que Salvador está pronta para sediar a abertura da Copa. O prefeito mudou de partido e pôs um leão na área. Isso em março. Além do leão do IR, o Leão de João… Mas vamos lá porque quem declara que quer trabalhar pelo coletivo tem que ter apoio. Mesmo que seja pela milésima vez.

Os que atiram lixo nas ruas devem ser multados. Rigorosamente. Mas, para multar a população, é preciso que ela disponha de depósitos para o escoamento e os ignore. Depósitos programados para funcionar e não os de sempre, aqueles que vencem licitações, ou não, enriquecem alguns e não servem para nada. Os caminhões que recolhem o lixo precisam de horários, e a população deve conhecê-los. Os milhões que são gastos com publicidade de fatos ficcionais podem servir a campanhas cidadãs. Com artistas locais, pelo amor dos orixás!

Se o pudor gestor permitir, é de bom tom ameaçar com multas os orifícios responsáveis pelos cocôs que mapeiam a cidade: humanos, felinos, caninos. Avistei um no passeio da Mariquita que atribuí a um dromedário. No mais, a fase de liminar contra aumento de tarifas do serviço público já foi, prefeito. O senhor é, desde 2004, o gestor da 3ª capital mais populosa do País, o alcaide reeleito da primeira capital do Brasil, cidade do samba, do Tropicalismo e da axé-music. Tome jeito!

Aninha Franco
18 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011


A ARGUMENTAÇÃO
A etapa que apresenta uma maior dificuldade ao Produtor Textual, segundo muitos de meus alunos, é o DESENVOLVIMENTO, pois é nele que são apresentados os Argumentos que irão dar suporte, embasamento ao Ponto de Vista defendido pelo autor da Dissertação.
Veja, a seguir, cinco (5) tipos de argumentos que você pode utilizar em sua Produção Textual.
Bons estudos!


TIPO
EXPLICAÇÃO
1) Autoridade
Aceitam-se os argumentos apresentados pela credibilidade do especialista na área.
2) Comparação
O argumentador busca a adesão do leitor pela comparação de dados apresentados no texto.
3) Exemplificação
O autor relaciona exemplos pertinentes ao tema para buscar a adesão do leitor.
4) Causa & Consequência 
Apresentam-se ao leitor causas e     consequências sobre o tema.
5) Princípio           
A justificativa é uma visão do argumentador baseada em uma          constatação lógica, científica, ética etc.