quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PESQUISA
Cara (o) Aluna (o),
Leia o seguinte texto, analise as informações contidas nele e poste, livremente, um comentário sobre o seu comportamento e de seus colegas, nas redes sociais.
Redes sociais dão visibilidade aos jovens
Blogs, sites de relacionamento e vídeo são ferramentas utilizadas para notoriedade e autopromoção.
Os sites de relacionamento estão cada vez mais populares entre as pessoas, principalmente, entre os jovens, no Brasil. Uma pesquisa divulgada pela companhia Nielsen mostra que 80% dos usuários de internet, no Brasil, frequentam esses tipos de site, como MSN, Facebook, Youtube, blogs, Twitter e Orkut, chamados pela empresa de “comunidades de membros”, em busca de notoriedade e autopromoção.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sobre poder, riqueza e miséria
 
A riqueza de poucos, em face da pobreza de muitos, é uma violência e uma extrapolação de valores. Onde há riqueza exagerada, há pobreza exagerada, isto é, miséria. A irracionalidade da violência retrata um desespero decorrente da extralimitação das situações econômicas vigentes.  Onde uns têm riqueza e poder em excesso, surge fatalmente o instinto de hostilidade natural a essa extrapolação. E essa hostilidade, por sua vez, é medida segundo a intensidade dessa desproporção.

A miséria é uma causa substancial da violência, não porque os pobres sejam mais violentos do que os ricos, mas porque a pobreza em si é mais violenta do que a riqueza. A riqueza tende ao conforto, ao conservantismo, ao respeito às situações vigentes. Ao passo que a pobreza tende a reagir, a subverter, a combater a situação, procurando situações novas e por meios cada vez mais limitados. Por isso, onde não há convívio, não há sociedade digna de ser humanamente vivida. Ora, tanto a coexistência como a convivência são frutos da liberdade de coexistirem lado a lado, valores iguais, semelhantes ou opostos.

A violência também ocorre na política sempre que o poder se extralimita e tende, fatalmente, por uma lei de compensações naturais, a promover o aparecimento de forças irracionais. Por isso, a passagem da força à violência é uma conseqüência da perda da noção e da vigência do conceito de limite. A própria intensidade do progresso material do mundo moderno traz consigo esse incremento natural das forças que se tornam irracionais, exatamente na proporção do chamado progresso. Segundo publicação da Revista Veja, de 19/10/90, nos últimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho tão bom quanto a brasileira. Contudo, acrescenta: "O Brasil, ao longo das últimas décadas, só tem conseguido crescer produzindo um número cada vez maior de miseráveis”.
   
Portanto, o problema da violência, como fruto da perda da noção do limite, só pode ser resolvido à medida que os donos do poder e da riqueza não se decidam a limitar-se no seu poder e na sua riqueza.


ANÁLISE DA ESTRUTURA TEXTUAL

Proposta: "A violência é resultado típico da extrapolação de valores".

Assunto: Violência.

Delimitação do assunto: Tema - Hostilidade decorrente da extralimitação de valores.

1) Introdução
    Sentença-tese ou Tópico-frasal da introdução:
    A riqueza de poucos, em face da pobreza de muitos, é uma violência e uma extrapolação de valores.

    Façamos uma pergunta à sentença-tese: Por quê?
    Onde há riqueza exagerada, há pobreza exagerada, isto é, miséria. A irracionalidade da violência retrata um desespero decorrente da extralimitação das situações econômicas vigentes.

    Isso resulta em quê?

    Onde uns têm riqueza e poder em excesso, surge fatalmente o instinto de hostilidade natural a essa extrapolação. E essa hostilidade, por sua vez, é medida segundo a intensidade dessa desproporção. 

2) Desenvolvimento

    Tópico frasal do 1º parágrafo de desenvolvimento
:

    A miséria é uma causa substancial da violência, não porque os pobres sejam mais violentos do que os ricos, mas, porque a pobreza em si é mais violenta do que a riqueza.

   Apresentação de contraste para sustentar a idéia-núcleo:

   A riqueza tende ao conforto, ao conservantismo, ao respeito às situações vigentes. Ao passo que a pobreza tende a reagir, a subverter, a combater a situação, procurando situações novas e por meios cada vez mais limitados.

   Fechamento do 1º parágrafo de desenvolvimento:

   Por isso, onde não há convívio, não há sociedade digna de ser humanamente vivida. Ora, tanto a coexistência como a convivência são frutos da liberdade de coexistirem lado a lado, valores iguais, semelhantes ou opostos.

   Tópico frasal do 2º parágrafo de desenvolvimento:

   A violência também ocorre na política sempre que o poder se extralimita e tende, fatalmente, por uma lei de compensações naturais, a promover o aparecimento de forças irracionais. 

   Conseqüência:
   Por isso, a passagem da força à violência é uma conseqüência da perda da noção e da vigência do conceito de limite. A própria intensidade do progresso material do mundo moderno traz consigo esse incremento natural das forças que se tornam irracionais, exatamente na proporção do chamado progresso.

   Ilustração do 2º parágrafo:

   Segundo publicação da Revista Veja, de 19/10/ 90, nos últimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho tão bom quanto a brasileira. Contudo, acrescenta: "O Brasil, ao longo das últimas décadas, só tem conseguido crescer produzindo um número cada vez maior de miseráveis.

3) Conclusão

     Portanto, o problema da violência, como fruto da perda da noção do limite, só pode ser resolvido à medida que os donos do poder e da riqueza não se decidam a limitar-se no seu poder e na sua riqueza.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO

Brincando de Deus

      Certas notícias têm a estranha propriedade de ser, ao mesmo tempo, motivo para grande celebração e preocupação: é o caso da nova técnica de clonagem de ovelhas. Quando melhor desenvolvida, ela permitirá a criação de milhares de seres idênticos e com a possibilidade de as células embrionárias serem geneticamente modificadas.
      Além de obter animais de melhor qualidade, abre-se perspectiva, por exemplo, de criar vacas que produzam leite com certas proteínas capazes de curar doenças humanas.
      De outro lado porém, milhares de indivíduos idênticos são um potencial fator de destruição –  por competição – com as espécies naturais, o que levaria à perda do patrimônio genético da natureza, com todas as terríveis conseqüências que isso pode trazer para a própria humanidade.
      Mais grave é o caso da ainda remota possibilidade de clonagem de homens. Poder-se-ia, por exemplo, criar um ser humano com o fim único de servir como um banco de transplantes. Pior é imaginar o pesadelo nazista da “raça perfeita” ou o “1984” de Orwell, que estaria agora adiado apenas em algumas décadas.
      Como é impossível ignorar tanto os benefícios que a clonagem com manipulação genética pode trazer à humanidade como seus riscos, torna-se urgente criar um código de ética internacional que regule esse tipo de pesquisa. É extremamente perigoso brincar de Deus.

                                                                                              Folha de S. Paulo - 8/3/97.

Analisando o Texto:

1. O Título
    O poder de persuasão começa exatamente no título. Pela carga semântica do enunciado, o leitor é impelido à leitura, sem se dar conta, talvez, do seu caráter apelativo.

2. O Objetivo
    Ao discutir a questão da clonagem de ovelhas, o autor pretende conduzir o leitor a um posicionamento a respeito do assunto: “é necessário assegurar, mediante a formulação de novas leis, a ética no procedimento científico.”

3. O Assunto
    O primeiro parágrafo traz a idéia principal“... é o caso da nova técnica de clonagem de ovelhas.” Depois dessa idéia principal vêm as idéias secundárias que apontam a face positiva da questão: – “Quando melhor desenvolvida, ela permitirá a criação de milhares de seres idênticos e com a possibilidade de as células embrionárias serem geneticamente modificadas.”    

4. A Tese
    O segundo parágrafo apresenta a tese que levaria o leitor a posicionar-se favoravelmente à questão da clonagem: “... animais com melhor qualidade...” e “... criar vacas que produzam leite com certas proteínas capazes de curar doenças humanas.”

5. A Antítese
    Neste parágrafo, encontram-se as idéias que vão de encontro às expostas na tese: “... milhares de indivíduos idênticos são um potencial fator de destruição..” , favorecendo a competição desigual; dessa luta, levar-se-ia “à perda do patrimônio genético... .”

6. A Reafirmação da Antítese
    A fim de conquistar a total adesão do seu interlocutor, o autor do texto admite a “remota possibilidade” da clonagem humana, aventando, em conseqüência, a criação de seres humanos para mutilação; condição esta que nos traz à lembrança o holocausto nazista e seu ideário da “raça perfeita” e, além disso, a perspectiva de um mundo sem liberdade prevista por George Orwell, em 1984.

7. A Síntese
    É o resultado da discussão que se estabeleceu entre vantagens e desvantagens da técnica de clonagem de animais irracionais e homens. Como não se podem prever os resultados da clonagem, nem barrar o avanço da ciência, é necessário criar um código de ética internacional que regule esse procedimento, pois o homem, sentindo-se Deus, com a onipotência dada pela ciência, pode colocar em risco a vida sobre a Terra.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para a sorte do Brasil mudar

postado por Tatiana Mendonça @ 6:56 AM
12 de setembro de 2011
Aninha Franco
Sonhei José Sarney devorado por uma sucuri. E acordei no sete de setembro, necessitada de uma pugna* imensa. A pugna, muito usada pelos românticos, por Castro Alves no Dois de Julho, caiu em desuso. Precisamos retomá-la e aplicar no sete de setembro, feriado vão, já que a independência se faz agora,  já que sempre houve um gringo pongado em nossa miséria, já que os prenúncios de independência foram no Dois de Julho (1823) e Revolta dos Búzios (1796), pugnas imensas coloniais. Depois dessas constatações, bairristas, como gostam os baianos que têm, e usam, balangandãs, fui às ruas em busca de um motim contra a corrupção. Qualquer um. De preferência com muita gente.
A semana foi puxada. O silêncio da presidente, iniciado com a declaração de que o Brasil não é Roma, esbarrou na afirmação de Berlusconi de que a Itália é um país de merda, e se rompeu sem discurso de palácio. Rousseff disse que nada do que foi pago para resolver as questões da Saúde, foram a ela e evitou falar da faxina. Aí, os discursos de palácio comeram no centro. Lula declarou que foi a mãe do Brasil, com aquela barba de quem nunca foi mãe de coisa nenhuma, diante de um País combalido pela corrupção. FHC escreveu sobre a corrupção como quem nunca passou 8 anos na presidência da república. E Candido Vaccarezza festejou, em foto, a vitória da corrupta Jaqueline Roriz.
Maluf comemorou 80 anos de lesões ininterruptas ao País, já que nasceu para fraudar, com a presença de Temer, Alckmin e Kassab. Para suportar essas cenas nauseabundas, só um motim. Sem gelo. Qualquer um. Não vesti preto como no dia em que Fernando Collor nos pediu para usar verde e amarelo. Vesti azul pela sorte do Brasil, como na música de Wilson Simonal, que não era dedo-duro, era ingênuo, e foi tomado pela arrogância da Fama, a louca que atira pedras.
Vesti azul, para que os políticos brasileiros sejam barrados na prática estonteante da corrupção que, dizem, já nos levou uma Bolívia só nesta década. Barrados por Dilma Rousseff, por Pedro Simon, pelas prensas da Imprensa. Mas, sobretudo, por nós.
http://www.atarde.com.br/revistamuito/
*Ação ou resultado de lutar, combater.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

12/09/2011 - 11h56

Melhores escolas públicas do Enem são federais, militares ou de ensino técnico

Amanda Cieglinski
Agência Brasil
Em Brasília


Todas as escolas públicas que compõem a lista das 100 melhores no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 têm modelo de organização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte desse grupo os colégios militares, os institutos federais de Educação Profissional e as escolas técnicas estaduais. Nenhuma delas é uma unidade da rede estadual com oferta regular.

Os chamados colégios de Aplicação, ligados às faculdades de Educação de universidades públicas, sempre ocupam posição de destaque nos rankings do Enem. O da Universidade Federal de Viçosa (UFV) é o oitavo com o melhor resultado em todo o país em 2010. A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta as notas das provas objetivas e a redação - enquanto a nacional é inferior a 600 pontos.
Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), o bom resultado dessas escolas se deve, em grande parte, ao modelo diferenciado de organização, à qualidade dos professores e à infraestrutura . “Em primeiro lugar, as escolas de aplicação não têm a mesma estrutura de carreira para seus profissionais do que uma escola pública comum. Em geral, os professores têm mestrado, doutorado e são ligados às universidades. São escolas quase de tempo integral, o aluno fica o dia inteiro em laboratórios que funcionam”, explica Ramos.

Nota dos alunos melhora entre 2009 e 2010



  • Outra diferença é que, em muitos casos, os colégios de aplicação selecionam seus alunos por meio de uma prova, já que a procura é maior do que a oferta de vagas. Nesse caso, o próprio corpo discente já tem um nível mais alto do que em uma escola comum, que não escolhe os alunos que serão matriculados.
    Também aparecem com destaque na lista das melhores escolas públicas os colégios militares e os institutos federais que oferecem o ensino médio integrado à educação profissional. Em Brasília, a escola pública com nota mais alta no Enem é o Colégio Militar. A nota média da escola foi 637 pontos, com taxa de participação de 55% dos alunos. Para o vice-diretor do colégio, coronel Samuel Pureza, o bom resultado é fruto da proposta pedagógica.

    ENEM 2010: ESCOLAS EM DESTAQUE


    “Procuramos incutir nos nossos alunos valores e a busca de ideais.
     Aqui não é um cursinho que oferece técnicas para passar no vestibular. É todo um contexto que busca formar para a cidadania. Além disso, temos um quadro de professores competentes que ajudam os alunos a alcançar seus objetivos”, diz.
    Aluna do 3° ano do colégio, Allana Ribeiro, de 17 anos, vai participar do Enem pela primeira vez neste ano. Ela pretende utilizar o resultado da prova para tentar uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Já estudei em escolas públicas e particulares e posso dizer que o nível aqui é excelente. Além disso, as mensalidades nas escolas particulares de Brasília são absurdas. Aqui temos uma preparação completa, a escola valoriza tanto a formação intelectual quanto a física”, acredita.
    Conhecido por sua disciplina rigorosa, o colégio também estimula a participação dos alunos em diversas competições escolares como olimpíadas de química, física e matemática. Segundo Pureza, não há nenhum tipo de preparação específica para o Enem. A maior parte das vagas é para filhos de militares e algumas são oferecidas à comunidade por meio de seleção. Em 2010, 323 estudantes se inscreveram para tentar uma das cinco vagas para o 1° ano do ensino médio que estavam disponíveis.

    A DISSERTAÇÃO

         Dissertar é desenvolver uma idéia, uma opinião, um conceito ou tese sobre um determinado assunto. Como outras formas de redação, a dissertação se apóia em alguns elementos:

         * Introdução – apresenta-se ao leitor o assunto que será discutido. Aparece a idéia central do texto, já sugerindo “pistas” do desenvolvimento da idéia.
         * Desenvolvimento – mergulha-se no assunto, expondo-se fatos e argumentos a favor da idéia central.
         * Conclusão – encerra-se a redação, fechando a idéia, concluindo o ponto de vista exposto.
            
         Observe a montagem de um texto dissertativo:

    Tevê de criança

           Especialistas e parte da sociedade têm discutido muito quanto à posição da televisão na vida das crianças. Teria, efetivamente, esse veículo uma forte e negativa influência na vida desses pequenos, e por isso, indefesos seres? Quais seriam, então, as causas mais graves que esse aparelho, destinado basicamente à diversão, estaria causando aos nossos filhos?
           É preciso, inicialmente, considerar que grande parte das crianças permanece diante da televisão durante várias horas seguidas no dia. Isso significa que pode não estar havendo uma seleção adequada de uma programação que atenda aos interesses da criança. Conseqüentemente, ela fica sujeita a informações indiscriminadas e, muitas vezes, inadequadas. Aliás, programações estas que, freqüentemente, têm sido alvo de debates acalorados por parte da própria imprensa, haja vista o aparecimento de programas que, aproveitando-se da ignorância de seus telespectadores, coloca-os na tela em situações constrangedoras e, às vezes até, deprimentes. 
           Observa-se também que o telespectador assume diante da televisão uma atitude passiva, pois a tevê não possibilita qualquer interação entre emissor e receptor. Dessa forma, a criança recebe informações prontas, não favorecendo sua compreensão e um possível questionamento.
           Portanto, diante dos argumentos apresentados por alguns críticos da televisão brasileira, a opinião segundo a qual a televisão é prejudicial à criança corresponde, efetivamente, à realidade.

          @ O que você não deve fazer numa Dissertação:
                      
                __ Jamais use gírias em sua dissertação;
                __ Esqueça os ditos populares;
                __ Nunca se inclua em sua dissertação;
                __ Não faça propaganda de doutrinas religiosas;
                __ Os fatos devem estar em domínio público;
                __ Evite abreviações;
                __ A repetição de termos é erro grave;
                __ Procure não inovar a Língua portuguesa;
                __ É importante analisar o tema sob vários ângulos de visão. 

    Tema: A violência no trânsito
    Argumentações: __ Motoristas alcoolizados. 3o.
                                    __ Agressividade no volante. 1o.
                                    __ A pressa ao volante. 2o.

    Uma guerra não declarada

            A população brasileira vem convivendo atualmente com uma situação somente comparável a uma enorme tragédia: a impressionante estatística de acidentes ocorridos no trânsito. Números recentes, informados pela mídia, nos dão conta que nunca se matou tanto no Brasil como nos tempos atuais. Faz-se necessário que a sociedade deste país tome uma séria e urgente providência com relação a este assunto.
            Mal-humorados, às vezes até agressivos, certos motoristas não conseguem entender que, com essa atitude, põem em risco a vida de muitas pessoas. Engarrafamentos, estresse, pistas mal conservadas não podem servir de desculpa para esse tipo de comportamento ao volante. A pressa na direção é outro fator que contribui fortemente para o aparecimento de tragédias. Está comprovado que a alta velocidade provoca sérios danos às pessoas no trânsito, principalmente, a quem dela faz uso.  
            Alcoolizados, os motoristas contribuem enormemente para o aumento das estatísticas quando dirigem seus carros. Não conseguem imaginar, sequer, que podem cometer imprudências que geram graves acidentes, em muitos casos, provocando sua própria morte e/ou de outras pessoas, em decorrência do uso do álcool. Várias são as causas que podem provocar um acidente, mas nenhuma aparece atualmente de forma tão assustadora quanto à ingestão de bebidas alcoólicas.
            Um país sério, uma sociedade responsável, órgãos de trânsito que se dizem competentes não podem conviver com essa situação. É imprescindível uma tomada de posição para que essa guerra não declarada chegue logo ao seu final.
    Paulo Jorge de Jesus. Janeiro de 2007.

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    PESQUISA

    Caros alunos,

    Em sua visão, as vantagens que a Internet proporciona compensam os problemas que ela pode provocar? Comente em um texto de, aproximadamente, 3 a 5 linhas.

    sábado, 23 de abril de 2011

    O texto, a seguir, é postado aqui por dois motivos: primeiro por tratar-se de um Artigo de Opinião, portanto com características do tipo Dissertativo; em segundo, por ser uma reflexão sobre a situação de total irresponsabilidade pública a qual nossa cidade está entregue.

    Independente e genial, Aninha Franco comprova mais uma vez o que muitos já desconfiavam: ela é uma das melhores colunistas deste País.

    Boa Leitura!

    Há tempos que a cidade não aniversaria com tanto ardor. O desespero faz disso. Dia houve que, quando passei pela fonte cantante da Praça da Sé, ouvi sua voz estrangulada, de fonte imunda, pedir socorro!   O Plano Inclinado, que funcionava regularmente, passou, regularmente, a funcionar às vezes. Vi na área interna do Elevador Lacerda uma mendiga com dotes artísticos encenar para usuários consternados, como se estivesse contratada pelo Centro Cultural da Câmara, a existência de uma dor que o figurino mentia.

    Os remédios que deveriam estar à disposição da população nos centros de saúde, para controle de pressão, que, com os desserviços públicos sobe mais regularmente que o plano, tem, mas acabou. Não vou me estender sobre o lixo, o transporte, o metrô, a miséria e a insanidade dos que dizem que está tudo bem e que Salvador está pronta para sediar a abertura da Copa. O prefeito mudou de partido e pôs um leão na área. Isso em março. Além do leão do IR, o Leão de João… Mas vamos lá porque quem declara que quer trabalhar pelo coletivo tem que ter apoio. Mesmo que seja pela milésima vez.

    Os que atiram lixo nas ruas devem ser multados. Rigorosamente. Mas, para multar a população, é preciso que ela disponha de depósitos para o escoamento e os ignore. Depósitos programados para funcionar e não os de sempre, aqueles que vencem licitações, ou não, enriquecem alguns e não servem para nada. Os caminhões que recolhem o lixo precisam de horários, e a população deve conhecê-los. Os milhões que são gastos com publicidade de fatos ficcionais podem servir a campanhas cidadãs. Com artistas locais, pelo amor dos orixás!

    Se o pudor gestor permitir, é de bom tom ameaçar com multas os orifícios responsáveis pelos cocôs que mapeiam a cidade: humanos, felinos, caninos. Avistei um no passeio da Mariquita que atribuí a um dromedário. No mais, a fase de liminar contra aumento de tarifas do serviço público já foi, prefeito. O senhor é, desde 2004, o gestor da 3ª capital mais populosa do País, o alcaide reeleito da primeira capital do Brasil, cidade do samba, do Tropicalismo e da axé-music. Tome jeito!

    Aninha Franco
    18 de abril de 2011

    quinta-feira, 21 de abril de 2011


    A ARGUMENTAÇÃO
    A etapa que apresenta uma maior dificuldade ao Produtor Textual, segundo muitos de meus alunos, é o DESENVOLVIMENTO, pois é nele que são apresentados os Argumentos que irão dar suporte, embasamento ao Ponto de Vista defendido pelo autor da Dissertação.
    Veja, a seguir, cinco (5) tipos de argumentos que você pode utilizar em sua Produção Textual.
    Bons estudos!


    TIPO
    EXPLICAÇÃO
    1) Autoridade
    Aceitam-se os argumentos apresentados pela credibilidade do especialista na área.
    2) Comparação
    O argumentador busca a adesão do leitor pela comparação de dados apresentados no texto.
    3) Exemplificação
    O autor relaciona exemplos pertinentes ao tema para buscar a adesão do leitor.
    4) Causa & Consequência 
    Apresentam-se ao leitor causas e     consequências sobre o tema.
    5) Princípio           
    A justificativa é uma visão do argumentador baseada em uma          constatação lógica, científica, ética etc.


    quinta-feira, 31 de março de 2011

    A ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO – II

            A dissertação possui três partes fundamentais: a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão. Para começar a rascunhar seu texto, primeiro procure as palavras-chave do enunciado. Em seguida, elabore perguntas que estejam relacionadas a esse tema. Você deve refletir, procurando respostas para as questões formuladas. Certamente você não terá problemas nesse momento de reflexão, pois sabemos que, para defender um ponto de vista, certamente você já deve ter algum conhecimento sobre o assunto.
            Essas respostas colaboram na argumentação, já que, para defender uma idéia, você precisa argumentar sobre ela com o leitor, na tentativa de convencê-lo. O ideal é que você, a partir do tema, reflita e consiga as respostas (argumentos) para elaborar a segunda parte da dissertação, ou seja, o Desenvolvimento; pois, começando a pensar nos argumentos, você já pode ter a noção do seu projeto textual, integralmente, isto é, de que forma poderá estruturar sua dissertação.
            Exemplificando, suponhamos que o assunto seja "desemprego", do qual extraímos o seguinte tema (delimitação do assunto): "As principais conseqüências do desemprego no Brasil se agravam a cada dia, principalmente, nos grandes centros urbanos." Palavras-chave: conseqüências, desemprego, Brasil e centros.
                   Elaborando a pergunta, teríamos: "Quais seriam as principais conseqüências do desemprego e por que se agravam a cada dia?".
     
         Como respostas, poderíamos apresentar os seguintes argumentos:

    1.     o número excessivo de pessoas que vivem na mais completa miséria;
    2.     a expansão de favelas nesses grandes centros;  
    3.     o aumento da criminalidade.

          Outros argumentos podem ser apontados. O importante é que cada argumento encontrado esteja relacionado com o assunto em questão.
          Após a reflexão, guarde os argumentos levantados para compor posteriormente o Desenvolvimento, que chamamos de o “cérebro da dissertação”. Comece a pensar, agora, na Introdução, que bem poderia esta:

          As principais conseqüências do desemprego no Brasil se agravam a cada dia, principalmente nos grandes centros urbanos; e, ao que parece, não vislumbramos um horizonte promissor diante de um quadro econômico e social que insiste em se mostrar cada vez pior.

             Observe que, nessa primeira parte, foi estabelecido o assunto, já delimitado, ou seja, o tema a ser tratado, e a posição do autor do texto.  Observe, ainda, o emprego da palavra "e", o ponto-e-vírgula e as vírgulas colocadas neste parágrafo para unir o tema ao ponto de vista do autor.                                    
             Terminada essa etapa, passamos para uma outra, o Desenvolvimento, parte do texto em que cada um dos argumentos já mencionados será desenvolvido.
                   Desse modo, para cada um dos três argumentos apresentados, teríamos um parágrafo, num total de três:

         Movidas pela idéia de que, nos grandes centros, o ser humano conta com melhores condições para a sua subsistência, populações inteiras imigram do interior. O sonho termina logo que essas pessoas chegam às cidades e começam a procurar emprego. São inúmeros os problemas com os quais se deparam, e a resposta é sempre a mesma: "Não há vaga", ou ainda, "A vaga já foi preenchida".
         Sem terem para onde ir, essas pessoas acabam se alojando em favelas, aumentando-as em sua extensão territorial, ou formam outras que crescem do mesmo modo, vivendo de maneira degradante. A luta agora é com a fome, com a miséria. O pouco que conseguem mal dá para a sua sobrevivência e a de seus filhos. Isso tudo explica a existência de tantos meninos que tentam vender balas, chocolates e outras pequenas mercadorias aos motoristas que param à espera do sinal abrir. Junto com a miséria e a fome, surgem doenças, muitas vezes sem a possibilidade da cura; pois, se essas pessoas conseguem atendimento médico gratuito, muitos deles não têm como comprar os remédios.

         

            Diante de todos esses problemas, pode-se acrescentar mais um: o da criminalidade. Bastaria citar a grave situação desencadeada nas favelas entre os denominados traficantes que lá se instalam e os policiais. Todavia, esse é apenas um dentre outros e graves exemplos. Além da conotação que se tem com relação a quem mora em uma favela – a de bandido –, há ainda o forte impulso da miséria que, com o desemprego, faz com que alguns acabem praticando pequenos roubos, às vezes, até, provocando a sua própria morte.
         Assim como na Introdução e na Conclusão, no Desenvolvimento ocorre  o emprego de palavras como “isso, junto com, todavia, além da, diante de que estabelecem a ligação, não só com  o parágrafo anterior, mas também com os períodos  e  orações  de  um  mesmo parágrafo. O texto deve manter essa conexão, compondo um todo significativo entre os argumentos desenvolvidos.
            A última etapa é a Conclusão. Nesse parágrafo reafirme seu ponto de vista já mencionado na Introdução, utilizando-se, obviamente, de outras palavras. Veja:

         Os governantes e a sociedade deste país devem buscar formas políticas e sociais para, no mínimo, tentar amenizar essa situação, pois enquanto cada cidadão estiver preocupado apenas com seus direitos, a taxa de desemprego continuará crescendo e, também, a miséria, as favelas e a criminalidade.

            Observação:

            Uma outra forma de se redigir a Conclusão seria apenas fazer um comentário final, sem a reafirmação do tema. Outro elemento importante e que não pode ser esquecido jamais é o Título da dissertação. Procure um título curto e criativo. Nesse caso, um bom exemplo seria “Futuro anunciado”.
            Reunindo todos os parágrafos escritos temos agora a dissertação, completa, acrescida do título.
            Veja:

    Futuro anunciado

            As principais conseqüências do desemprego no Brasil se agravam a cada dia, principalmente nos grandes centros urbanos; e, ao que parece, não vislumbramos um horizonte promissor diante de um quadro econômico e social que insiste em se mostrar cada vez pior.
           Movidas pela idéia de que, nos grandes centros, o ser humano conta com melhores condições para a sua subsistência, populações inteiras imigram do interior. O sonho termina logo que essas pessoas chegam às cidades e começam a procurar emprego. São inúmeros os problemas com os quais se deparam, e a resposta é sempre a mesma: "Não há vaga", ou ainda, "A vaga já foi preenchida".
           Sem terem para onde ir, essas pessoas acabam se alojando em favelas, aumentando-as em sua extensão territorial, ou formam outras que crescem do mesmo modo, vivendo de maneira degradante. A luta agora é com a fome, com a miséria. O pouco que conseguem mal dá para a sua sobrevivência e a de seus filhos. Isso tudo explica a existência de tantos meninos que tentam vender balas, chocolates e outras pequenas mercadorias aos motoristas que param à espera do sinal abrir. Junto com a miséria e a fome, surgem doenças, muitas vezes sem a possibilidade da cura; pois, se essas pessoas conseguem atendimento médico gratuito, muitos deles não têm como comprar os remédios.
              Diante de todos esses problemas, pode-se acrescentar mais um: o da criminalidade. Bastaria citar a grave situação desencadeada nas favelas entre os denominados traficantes que lá se instalam e os policiais. Todavia, esse é apenas um dentre outros e graves exemplos. Além da conotação que se tem com relação a quem mora em uma favela – a de bandido –, há ainda o forte impulso da miséria que, com o desemprego, faz com que alguns acabem praticando pequenos roubos, às vezes, até, provocando a sua própria morte.
           Os governantes e a sociedade deste país devem buscar formas políticas e sociais para, no mínimo, tentar amenizar essa situação, pois enquanto cada cidadão estiver preocupado apenas com seus direitos, a taxa de desemprego continuará crescendo e, também, a miséria, as favelas e a criminalidade.
                                            
                          Retirado do site: http://minerva.ufpel.edu.br/~marchiori.quevedo/esquemadisserta.htm