segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Ditados e Expressões Populares

 

 À beça

No Rio imperial, havia um comerciante rico chamado Abessa, que adorava ostentar roupas de luxo. Quando alguém aparecia fazendo o mesmo, dizia-se que ele estava se vestindo à Abessa, ou seja, como o comerciante.

A carne é fraca

Essa expressão retirada da bíblia representa a dificuldade de se resistir a certas tentações.

A dar com pau

O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, para isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu para o estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

A vaca foi para o brejo

Quando a seca é mais violenta, os animais começam a procurar os brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.

Abraço de tamanduá

O tamanduá, quando percebe algum perigo, se deita de barriga para cima e abre seus braços. O inimigo, ao se aproximar, é surpreendido por um forte abraço, que o esmaga. Daí, ser o ”abraço de tamanduá” qualquer atitude falsa, deslealdade, traição.

Abrir o coração

Desabafar. Declarar-se sinceramente. Expressão originada nos tempos em que se achava que a consciência e as emoções estavam no coração.  Mesmo hoje, que sabemos que tudo se processa no cérebro, o coração sempre é lembrado quando se refere aos sentimentos.

Acordo leonino

Significado: Um “acordo leonino” é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso.

Afogar o ganso

No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima.

Água Mole em Pedra Dura, Tanto Bate até que Fura

Um de seus primeiros registros literários foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como “A arte de amar “e “Metamorfoses”, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

Aliança de casamento na mão esquerda

Os gregos acreditavam que o 3º dedo da mão esquerda possuía uma veia que se ligava diretamente ao coração.

Amor Platônico

Platão era aluno de Sócrates. Tentando entender o motivo pelo qual seu grande mestre havia se matado, ele propõe a existência de dois mundos: Um chamado mundo sensível, aquele que você percebe com os cinco sentidos, e outro chamado mundo inteligível, que você só pode perceber com a inteligência, a mente. O mundo sensível é apenas um reflexo do que há de bom no mundo inteligível. O amor perfeito só existe na mente das pessoas, mas o amor real (que se toca, se vive) pode ter falhas. Por isso, quem não vive o amor real, fica só na imaginação, vive um Amor Platônico.

Andar à toa

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.

Arroz de festa

Assim são chamadas aquelas pessoas que não perdem uma festa por nada, tendo ou não sido convidadas pra mesma. A origem dessa expressão talvez advenha do costume de se jogar arroz em recém-casados. Mas o mais provável é que ela tenha surgido devido a uma antiga tradição portuguesa. Nas festas e comemorações das tradicionais famílias portuguesas nunca faltava uma sobremesa feita com arroz, leite, açúcar e algumas especiarias (arroz doce) e que era conhecida, na época, como “arroz de festa”.

A ver navios

Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec. XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado.  Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum que pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

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Acesso em: 24 de outubro, às 21h20