Doar para
não morrer
Filas não representam nenhuma novidade
para nós brasileiros, entretanto existe um caso de espera que causa grande
preocupação aos setores médicos e sociais. A doação de órgãos em nosso País se
encontra em baixo nível, diferentemente da procura que continua com altos
índices nas estatísticas, e isso precisa mudar o mais rápido possível.
Um dos fatores que contribuem para esse baixo índice se deve ao aspecto religioso. Muitas pessoas se negam a praticar a doação, porque defendem a ideia de que o corpo humano deve continuar inviolável inclusive após a morte. Antes de representar uma convicção religiosa, esse pensamento sugere puro egoísmo.
É preciso, no entanto, chamar a atenção da sociedade brasileira que a doação de órgãos salva muitas vidas. Crianças e velhos, homens e mulheres que sofreram algum tipo de doença ou acidente, com a doação de órgãos, veem chances de continuarem vivos. E estar vivo é o primeiro direito de qualquer pessoa.
Além disso, esse ato representa um gesto humanitário de valor imensurável e diz respeito a todos nós. As pessoas precisam entender que talvez venham algum dia necessitar de algum transplante. Podem então imaginar, agora, o valor dessa ação humana.
O ministério e as secretarias de saúde devem promover campanhas para doação em todas as mídias, nos outdoors e nas redes sociais. As escolas devem discutir com seus alunos essa situação, para que eles possam multiplicar a ideia com sua família, amigos e comunidade. As empresas podem, também, contribuir para ampliar a doação de órgãos estimulando a reflexão entre seus clientes e empregados. Quem sabe, então, possamos mudar a atual cena brasileira no que se refere à doação de órgãos.
Paulo Jorge
de Jesus. Jun/2015