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O emissor deve ser
sincero no que diz e não tentar enganar o receptor, ou seja, a comunicação não
distorcida, defendida pelo filósofo e sociólogo Habermas, século XX. No
entanto, quando se analisa a propagação das fake news na atual sociedade
brasileira, é notório o quão esse ideal está constatado somente na teoria, uma
vez que a utilização da internet nessa era digital está causando grandes transtornos na sociedade. Isso se evidência pela rápida disseminação das
publicações, como também por ocasionar homicídios de pessoas inocentes.
Em primeira análise,
sabe-se que a invenção do computador com Alan Turing e suas grandes
transformações revolucionárias ao longo de décadas em todo o mundo, diminuindo
distâncias, levando informações e conhecimento, porém, juntamente com isso, as
noticias falsas tiveram grande crescimento e repercussão, em virtude, de ser
compartilhada por diversas pessoas, sem ao menos ter o conhecimento da
veracidade das informações. Conforme pesquisas divulgadas pela UNICAMP, em
2015, a cada 100 pessoas, 80 compartilham sem ao menos checar se o conteúdo é
verdadeiro. De modo que, infama, calúnia e difamação vão se espalhando como um
vírus dentro da sociedade.
Ademais, essas
mentiras encobertas por artimanhas que aparenta ser verdade, tem ocasionados
mortes, fazendo vítimas em vários locais no Brasil. Segundo o site do G1,
noticia divulgada em 2014, nos últimos 3 anos os números de homicídios por fake
news, cresceu 5%. É inadmissível que na atual conjuntura brasileira, tendo em
vista, o aumento de noticias falsas, pessoas inocentes percam o direito de
viver, por maldade de infratores, omitindo a verdade ao passo que tentam
prejudicar alguém.
É evidente, portanto,
que medidas sejam tomadas para amenizar essa problemática. Cabe ao estado, além
de algumas medidas já tomadas, para tentar localizar possíveis malfeitores,
criar campanhas com palestrantes nas cidades mais afetadas, para alertar a
população sobre os sérios riscos de compartilhar toda informação que ver no
mundo digital, por meio de apresentação dos vários casos ocorridos de morte de
difamação pelo simples ato de clicar um botão, aparentemente inofensível, com
educadores digitais, psicólogos e jornalistas, sobre as atitudes a serem
tomadas antes da divulgação, como: checar em fontes confiáveis se é fato ou
fake. A fim da diminuição da propagação de fake news e localização e apreensão
com multas e penas mais severas aos indivíduos. Só assim caminharemos em passos
largos para o ideal de Habermas, em transmitir nada mais que a verdade.
Ana Paula Coutinho,
Carolina / MA
Aceso em: 24
de setembro de 2018, às 00h11