INTENÇÃO
|
CONECTIVOS
|
ENTRE
PARÁGRAFOS
|
|
INTRODUÇÃO
|
No contexto atual,
Na contemporaneidade,
No panorama atual,
Se há algo que
Discute-se muito sobre
Com o advento da (o)..., constata-se que
|
DESENVOLVIMENTO
(1º
PARÁGRAFO)
|
É indubitável
É certo
É importante ressaltar
Um fator que,
Um aspecto que,
Em primeira análise,
Nesse contexto,
|
DESENVOLVIMENTO
(2º. e
3º. PARÁGRAFO)
|
Ademais
Além disso,
Acrescente-se que
Alie-se a isso
Em uma segunda análise,
Outro aspecto a ser abordado
Outro fator que
|
CONCLUSÃO
|
Portanto
Em razão disso
Dessa forma
Em suma
Logo
Assim sendo
Enfim
Sendo assim
|
ENTRE
PERÍODOS & ORAÇÕES
|
|
CAUSA /
CONSEQUÊNCIA
|
Por isso
Por causa de
Porque
De tal maneira que
Visto que
De fato
Já que
Em consequência de
De forma que
Pois
Uma vez que
|
OPOSIÇÃO
|
Entretanto
Pelo contrário
Embora
Apesar de
Todavia
Contudo
No entanto
Ainda que
Posto que
Por outro lado
|
ADIÇÃO
|
Além disso
Ademais
Ainda mais
E
Também
|
TEMPO
|
Então
Por fim
Ao mesmo tempo
Enquanto isso
Desde que
Cada vez que
Por vezes
Atualmente
Às vezes
Assim que
Logo que
Depois que
Antes de
À medida que
Hoje
Após
Até
Em seguida
|
COMPARAÇÃO
|
Como
Também Conforme Tal como Bem como Pela mesma razão De forma similar De forma idêntica |
PARALELISMO
|
Por um lado ... por outro lado
Tanto ... quanto ...
Não só ... mas também ...
|
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Tabela de Conectivos
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
A Arte de Convencer
A dissertação-argumentativa é
um gênero textual da esfera escolar que tem como um de seus objetivos expor
uma tese (ponto de vista) acerca de um
determinado tema (sugerido na proposta de
redação), baseada em argumentos e estratégias argumentativas sólidas e
consistentes, alicerçadas nas mais diversas áreas do conhecimento.
Este
primeiro objetivo – que não é nada fácil de ser alcançado, aliás – mira um
propósito ainda maior (que é o mesmo que o deste e de tantos outros textos):
convencer o leitor de que a tese ali
exposta é correta e adequada para aquele contexto.
No fundo, o
maior objetivo de uma dissertação-argumentativa é, por meio de um texto
organizado, coerente e coeso – tanto estruturalmente quanto ideologicamente –
convencer o leitor de que aquelas ideias são verdadeiras e devem ser tidas como
corretas ou adequadas para aquela abordagem de determinado tema.
Nesse
sentido, a dissertação-argumentativa bem escrita é um exemplo da arte do
convencer o outro. Não é à toa que o autor desse gênero, em vários manuais de
redação, é nomeado como “voz da razão e da verdade” e, por isso, o foco está
nas ideias apresentadas e não no autor e, consequentemente, o texto deve ser
escrito de maneira impessoal, sem estabelecer diálogo entre autor e leitor.
É como se o
autor fosse uma voz “divina”, professando verdades, e o leitor fosse um ser
totalmente passivo, um sujeito “assujeitado”, sem pensamentos, sentimentos… sem
opinião própria. Ou seja, uma mentira.
Um leitor
passivo, sem autonomia, sem senso crítico e sem opinião própria só existe nos
manuais de redação para vestibulares e concursos públicos. Como dissemos no
texto da semana passada (leia aqui),
todos nós pensamos algo sobre tudo o que nos cerca e não somos neutros como
podemos até imaginar. Nesse sentido, o convencimento é uma
verdadeira arte.
Num mundo
lotado de informações, no qual todos os dados e fatos circulam numa rapidez
tremenda, como convencer as pessoas acerca de um ponto de vista? Com argumentos
sólidos e consistentes, amparados no conhecimento acadêmico e científico e que
saiam do senso comum, esta entidade que nos ronda a todo o momento, principalmente
na internet, muitas vezes disfarçada de fake news que os
corroboram porque é o que o povo quer ouvir e ler. A voz do povo é a voz da
razão? Se ela for guiada pelo senso comum e por mentiras, não.
Neste exato
momento quero convencê-los de que meus argumentos são corretos. Neste mesmo
instante você pode estar pensando em quais argumentos escreverá no comentário
desse texto para convencer aos outros e a mim de que você está certo. O
vendedor quer te convencer de que a roupa ficou boa para ter a comissão. O
psicólogo quer te mostrar o quão responsável você é por tudo o que ocorre na
sua vida. O professor quer te convencer a estudar e assim vai…
Isto é:
todos nós queremos convencer a todos os outros acerca de alguma coisa, seja ela
qual for. Sempre conseguiremos? Não, de maneira nenhuma e está tudo bem. Haverá
debates? Sim e isso é maravilhoso! É no debate que suscitamos
novas ideias, novos argumentos, que podemos, inclusive, mudar de opinião e não
ter aquela velha opinião formada sobre tudo (senso comum) e ser um pouco da
metamorfose ambulante de Raul Seixas.
O importante
é debater, mesmo que discordando, com respeito, educação e empatia, se
colocando no lugar do outro e não disseminando discurso de ódio e, assim,
desrespeitando os direitos humanos, não só na redação do Enem.
Pensem nisso
na hora de escrever a redação do Enem ou de qualquer outra prova, no almoço em
família, no churrasco com os amigos e na ceia de Natal deste ano.
Acesso em: 10 de dezembro de 2018, às 23h01
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Intertextualidade
Mesmo vendo-a pela primeira, dificilmente um leitor atento não saberá de imediato o sentido da palavra Intertextualidade. E por um motivo simples: nela, perceberá a presença do radical em "textual", que contém o significado da palavra. No início, verá o prefixo “inter” (entre); e, no final, o sufixo “idade” (condição, estado).
Ou seja, Intertextualidade é o diálogo
que o usuário da língua estabelece com outros textos, seja na oralidade, seja
na escrita.
Competência linguística, aliás, que
desenvolvemos desde nossa infância, antes mesmo de irmos à escola. No convívio
familiar, com os amigos, com a comunidade, a interatividade humana faz com que
utilizemos outros discursos na construção de nossos discursos. Até aqui não
existe plágio, que é um tipo de intertextualidade.
Acrescente-se que o diálogo pode ser
estabelecido não só entre textos verbais, mas também entre textos imagéticos.
Neste momento, ficaremos com a
intertextualidade entre textos verbais. Elas se classificam em:
– Alusão: Trata-se de uma referência a
outros textos, pessoas, situações sem a citação nominal.
Ex. No Brasil, existem ex-presidentes que parecem continuar no poder.
Ex. No Brasil, existem ex-presidentes que parecem continuar no poder.
– Citação: É a transcrição de texto
alheio, por isso deve vir, obrigatoriamente, marcada por aspas.
Ex. O escritor italiano Umberto Eco disse que “Todo texto é uma máquina preguiçosa pedindo ao leitor que faça parte de seu trabalho.”
Ex. O escritor italiano Umberto Eco disse que “Todo texto é uma máquina preguiçosa pedindo ao leitor que faça parte de seu trabalho.”
– Paráfrase: O autor irá produzir um
texto que irá ao encontro das ideias presentes em outro texto. Em textos não
literários, ocorre, por exemplo, em resumos escolares. Veja, na área da arte, a
paráfrase criada por Jorge Bem Jor, em “País tropical”:
Ex. Moro num país tropical / Abençoado
por Deus / E bonito por natureza.
Com o Hino Nacional Brasileiro:
Ex. Do que a terra mais garrida / Teus
risonhos, limpos campos têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida / Nossa vida em teu seio mais amores.
Nossos bosques têm mais vida / Nossa vida em teu seio mais amores.
– Paródia: Ao contrário da paráfrase, a
paródia vai de encontro às ideias presentes em outro texto, normalmente por um
viés irônico. Veja o diálogo do poeta Eduardo Alves da Costa com o nosso hino:
Ex. Minha terra tem Palmeiras, / Corinthians e outros times / de copas exuberantes.
– Pastiche: É a imitação de um estilo,
pois se reporta a um gênero. Por exemplo, o programa Os Trapalhões é um
pastiche de comédias italianas.
– Plágio:
Único tipo de intertextualidade ilegal, porque o produtor textual se apropria
do texto alheio e não informa a autoria original. Acontece em livros, músicas,
fotografias e, também, em trabalhos escolares e acadêmicos.
– Versão: trabalho de
transposição, exato e artístico.
O recurso da intertextualidade é
fundamental para a produção de textos criativos e refinados. Para tanto, é
necessário que o usuário da língua amplie a sua bagagem cultural, ampliando o
seu conhecimento de mundo. E só é possível conseguir isso por meio de leituras
variadas, principalmente, de textos literários.
Assinar:
Postagens (Atom)