A população em situação de rua no Brasil
INTRODUÇÃO
Entre os séculos XIX e XX, o Brasil viveu o auge de seu período de industrialização. Houve, nessa época, acentuado êxodo rural e grande quantidade da população migrou para as cidades em busca de melhores oportunidades. No entanto, esse processo não foi organizado e não contou com nenhum planejamento de distribuição populacional. Como resultado, surgiram favelas e muitos indivíduos em situação de rua. (TEMA) Desde então, esse panorama ainda é observado nos centros urbanos, fato que revela uma inoperância estatal e uma falha na formação educacional dessas pessoas. Tudo isso contribui para a permanência dessa chaga social e demanda medidas que modifiquem esse quadro. (TESE)
DESENVOLVIMENTO
A princípio, é imprescindível salientar que, dentre as razões de ida às ruas, existe um problema de saúde pública. (ARG. 1) (INTRODUÇÃO) Nesse sentido, segundo uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social, 35,5% dos moradores de rua têm problema com álcool e drogas. Sob essa perspectiva, tendo em mente que o direito à saúde é expresso na Constituição Federal, o Estado não pode abster-se da problemática, visto que, muitas dessas pessoas não têm família e o vício é algo difícil de enfrentar sem ajuda. (DESENVOLVIMENTO) Logo, o Governo deve enxergar essa conjuntura como prioridade e interferir na condição de vulnerabilidade em que esses indivíduos se encontram, fazendo prevalecer o Estado de direito do qual todos fazem parte. (CONCLUSÃO)
Somado a isso, ainda de acordo com a pesquisa citada, 48,1% da população que habita as ruas possui apenas primeiro grau completo. (ARG. 2) (INTRODUÇÃO) Esse dado expõe uma grave falha na formação escolar dos brasileiros e é um dos motivos do porquê a maioria dos moradores de rua é desempregada ou permanece na informalidade, pois se não tem estudo, não tem oportunidade de inserção no mercado de trabalho. (DESENVOLVIMENTO) Nesse contexto, observa-se um risco à democracia brasileira, uma vez que, citando a filósofa Marilena Chauí, esse perfil político pressupõe liberdade, igualdade e participação de todos em qualquer esfera social, o que não é constatado no caso dessas pessoas em relação ao estudo e ao trabalho. (CONCLUSÃO)
CONCLUSÃO
Depreende-se, portanto, que esse é um problema
grave e um entrave à cidadania. Em busca de modificá-lo, cabe ao Ministério
da Saúde (QUEM) providenciar um projeto social que
ajude essas pessoas. (O QUE) Isso pode ser feito por meio da organização
de mutirões de médicos e enfermeiros, (COMO) os quais irão às ruas
analisar as condições físicas dos moradores, oferecer tratamento a eles e encaminhá-los para clínicas de reabilitação públicas, (DETALHAMENTO)
a fim de tratar de seus
vícios. (PARA QUE) Ademais, o Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) deve promover cursos gratuitos
profissionalizantes que complementem a formação dessas pessoas, mediante
linguagem
de fácil entendimento e conhecimentos práticos, com vistas a aumentar as chances de eles conseguirem
emprego e moradia. Assim, as mazelas da
urbanização não planejada poderão ser amenizadas, e o Brasil, um
pouco menos desigual.
https://blog.imaginie.com.br: acesso em:15 de novembro de 2021.
Paulo Jorge de JesusProfessor Especialista em Língua Portuguesa
Nenhum comentário:
Postar um comentário