segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

As Orações Subordinadas Adjetivas


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Leia, a seguir, uma obra-prima de Drummond, o maior poeta brasileiro desde sempre:

 Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Na primeira estrofe do poema, para construir uma ideia de círculo, Drummond usou a gramática, ou seja, construiu uma oração principal – João amava Teresa – e cinco orações subordinadas, todas iniciadas pelo pronome relativo “que” e sem a utilização de vírgulas, haja vista que os protagonistas da “Quadrilha” estabelecem entre si uma relação de dependência. 

Na sintaxe, essas orações são classificadas como Orações Subordinadas Adjetivas. Essas orações exercem a função de adjetivo de um nome – substantivo ou pronome – que se encontra na oração principal. 

Os conectivos responsáveis pela introdução da oração subordinada adjetiva no período são: QUE, QUEM, ONDE, CUJO, O QUAL.


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a) Restritiva: é parte integrante à ideia informada na oração principal, – entre elas não existe vírgula – e não pode ser retirada do período.

Ex. A parte do prédio que desabou era a platibanda.

      A aluna cujo pai é advogado acabou de chegar.

 

b) Explicativa: fornece uma informação adicional à oração principal, por isso pode ser retirada do período e sempre aparece separada por vírgula.

Ex. Após a conversa, que foi rápida, os oradores retiraram-se.

      Brasília, que é capital do Brasil, foi totalmente planejada.

 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

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