segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

A Concordância Nominal

 
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Semanticamente, concordar significa entrar em harmonia, seguir uma orientação, uma determinação. Na Morfologia, o substantivo e o verbo são as classes gramaticais mais importantes, haja vista que elas são núcleos na construção oracional e / ou frasal, por isso todas as outras categorias gramaticais gravitam em torno delas.

Veja: 

Ex. As nossas duas jogadoras prediletas chegaram. 

Nesse enunciado, as palavras “as”, “nossas”, “duas” e “estrangeiras” aparecem no feminino plural, porque o substantivo “jogadoras” está no feminino plural. Concluindo: o artigo, o adjetivo, o pronome e o numeral concordam com o substantivo em gênero e número. 

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1) O adjetivo funcionando como adjunto adnominal 

– quando anteposto:

Ex. Trazia consigo velha revista e jornais.

Os esforçados Luís e Manuel não obtiveram aprovação.

 

– quando posposto:

Ex. Sentia a alma e o coração sujo.

Sentia a alma e a pele sujas.

Sentia a alma e o coração sujos.

Obs.: Se os substantivos forem antônimos, a concordância entre ambos será obrigatória.


Ex. Era capaz de num mesmo instante jurar amor e ódio eternos.

O verdadeiro herói considera impostoras a glória e a derrota.

 

2) Predicativo do Sujeito 

– quando posposto:

Ex. A mulher e o zelador abandonaram o prédio desconfiados.

Mãe e filha pareciam bastante preocupadas.

 

– quando anteposto:

Ex. Desconfiado, o zelador e a mulher abandonaram o prédio.

Desconfiados, o zelador e a mulher abandonaram o prédio.

Desconfiada, a mulher e o zelador abandonaram o prédio.

 

3) Predicativo do Objeto 

– quando anteposto:

Ex. O pai encontrou cansada a filha e seu irmão.

O pai encontrou cansados a filha e seu irmão.

 

– quando posposto:

Ex. O juiz considerou a ré culpada.

O juiz considerou o réu e sua mulher culpados.

 

4) Dois adjetivos para um substantivo 

Ex. Ela estuda a língua inglesa e a alemã.

Querem unificar a polícia civil e a militar.

 

Ex. Ela estuda as línguas inglesa e alemã.

Querem unificar as polícias civil e militar.

 

5) Adjetivos compostos

Ex. Era uma morena de belos olhos verde-claros.

São necessários acordos afro-luso-brasileiros para nova reforma ortográfica.

 

6) Numerais ordinais mais substantivo

Ex. O primeiro e o segundo graus fazem por merecer séria atenção do governo.

A primeira e a segunda série apresentaram vários alunos reprovados.

 

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1) Palavras variáveis: meio, anexo, barato, bastante, caro, incluso, leso, mesmo, extra, muito, obrigado, pouco, próprio, quite.

Ex. A turista mostrava-se meio desapontada com a cidade.

O caminhão derramou meia tonelada de asfalto na pista.

Eu estou quite com o serviço militar.

Seguem anexas as documentações solicitadas.

Bastantes trabalhadores estão bastante descontentes com os rumos do país.

 

2) Palavras e expressões invariáveis: alerta, em alerta, em anexo, menos, pseudo.

Ex. Os brasileiros estão alerta com as novas medidas econômicas.

Cada vez mais menos pessoas acreditam no atual Governo.

Essa pseudo-representação popular esconde intenções despóticas.

 

3) Algumas expressões: é proibido, é necessário, é bom, é preciso.

Ex. Pimenta é bom para tempero.

Esta pimenta é boa para tempero.

É proibido passagem.

É proibida a passagem de estranhos.

 

4) A palavra “possível” 

Ex. Vi mulheres o mais elegantes possível.

Traga cervejas tão geladas quanto possível. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

As Orações Subordinadas Adverbiais

 
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Obviamente, exercem a função de advérbio da oração principal. Diferentemente, das orações subordinadas substantivas e adjetivas, que possuem um número reduzido conjunções (conectivos) que iniciam as orações, existem várias conjunções nas orações subordinadas adverbiais, algumas até, a depender da sua semântica (sentido), mudam de classificação, por isso colocamos em negrito, em cada uma delas, a conjunção que exerce apenas aquela função adverbial. 

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 a- Causal: Conjunções: PORQUE, POIS QUE, COMO, VISTO QUE, DESDE QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE.

Ex. O garoto chorou, porque apanhou do pai.

Já que você está em casa, cuide das crianças.

 

b- Condicional: Conjunções: SE, CASO, CONTANTO QUE, DESDE QUE, A NÃO SER QUE.

Ex. Se você vier comigo, eu te darei o Sol.

Farei o exame, desde que não seja difícil.

 

c- Conformativa: Conjunções: CONFORME, COMO, SEGUNDO, CONSOANTE.

Ex. Como você deve saber, há um sentido em todas as coisas.

Segundo dizem, não houve sobreviventes no acidente.

 

d- Concessiva: Conjunções: EMBORA, AINDA QUE, CONQUANTO, MESMO QUE, NEM QUE, POSTO QUE.

Ex. Ainda que você se esforce, será difícil sua aprovação.

Embora fosse jovem, demonstrava grande experiência.

 

e- Comparativa: Conjunções: COMO,  ASSIM  COMO, QUE,  DO  QUE (depois de  MAIS, MENOS, MELHOR, TÃO).

Ex. Os olhos falam mais que a boca.

Ele governa o país como um ditador. 

Obs.: Nas comparativas, normalmente, o verbo está implícito, porque é o mesmo da oração principal.

 

f- Consecutiva: Conjunções: DE MODO QUE, DE SORTE QUE, QUE (depois dos intensificadores TÃO, TAL, TAMANHO, TANTO). ATENÇÃO: sem vírgulas entre as orações.

Ex. Faziam um barulho tal que assustavam os transeuntes.

Ela falava tão alto que quase ficou rouca.

 

g- Temporal: Conjunções: QUANDO,  MAL,  LOGO QUE,  CADA VEZ QUE,  ASSIM QUE, ANTES QUE .

Ex. Quando eu jurei meu amor, eu traí a mim mesmo.

Cada vez que saía de casa, esquecia as chaves.


h- Proporcional: Conjunções: À PROPORÇÃO QUE,   AO PASSO QUE,   QUANTO MAIS, À MEDIDA QUE.

Ex. À medida que estudava, percebia que as dúvidas aumentavam.

Ao passo que o trem avançava, as casas iam rareando.


i- Final: Conjunções: A FIM DE QUE,  PARA QUE.

Ex. Expliquei a situação, a fim de que me entendessem.

O Governo baixou um decreto, para que os invasores fossem expulsos.

 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

As Orações Subordinadas Adjetivas


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Leia, a seguir, uma obra-prima de Drummond, o maior poeta brasileiro desde sempre:

 Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Na primeira estrofe do poema, para construir uma ideia de círculo, Drummond usou a gramática, ou seja, construiu uma oração principal – João amava Teresa – e cinco orações subordinadas, todas iniciadas pelo pronome relativo “que” e sem a utilização de vírgulas, haja vista que os protagonistas da “Quadrilha” estabelecem entre si uma relação de dependência. 

Na sintaxe, essas orações são classificadas como Orações Subordinadas Adjetivas. Essas orações exercem a função de adjetivo de um nome – substantivo ou pronome – que se encontra na oração principal. 

Os conectivos responsáveis pela introdução da oração subordinada adjetiva no período são: QUE, QUEM, ONDE, CUJO, O QUAL.


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a) Restritiva: é parte integrante à ideia informada na oração principal, – entre elas não existe vírgula – e não pode ser retirada do período.

Ex. A parte do prédio que desabou era a platibanda.

      A aluna cujo pai é advogado acabou de chegar.

 

b) Explicativa: fornece uma informação adicional à oração principal, por isso pode ser retirada do período e sempre aparece separada por vírgula.

Ex. Após a conversa, que foi rápida, os oradores retiraram-se.

      Brasília, que é capital do Brasil, foi totalmente planejada.

 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

As Orações Subordinadas Substantivas

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São orações que exercem, com relação à oração principal, as funções próprias do substantivo. Em geral, são introduzidas pelas conjunções subordinativas “Que” ou “Se” e a classificação da oração subordinada substantiva dependerá da estrutura da oração principal.  


1) Se não existir sujeito na oração principal, a subordinada substantiva será, obrigatoriamente, uma Subjetiva

2) Caso a oração principal tenha sujeito e esteja estruturada com o verbo “ser”, a subordinada será uma Predicativa

3) Se a oração principal e a subordinada estiverem ligadas com “dois-pontos”, a subordinada será uma Apositiva. 

4) Caso a última palavra da oração principal for um verbo transitivo direto, a subordinada será Objetiva Direta. 

5) Caso a última palavra da oração principal for um verbo transitivo indireto, a subordinada será Objetiva Indireta. 

6) E se a última palavra da oração principal for um substantivo, adjetivo ou advérbio que necessitem de complemento com preposição, a subordinada será uma Completiva Nominal. 

 
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CLASSIFICAÇÃO

a) Subjetiva: aparecem normalmente após as locuções verbais: É preciso, É conveniente, É urgente etc., ou após um verbo transitivo seguido ou não de “SE”. 

Ex. É prudente que você tenha bom comportamento.

Convém que você esteja aqui amanhã.

 

b) Objetiva direta: a oração principal deve conter um verbo transitivo direto. 

Ex. Não vi quem me chamou.

Creio que o moço está com a razão.

 

c) Objetiva indireta: a oração principal conterá um verbo transitivo indireto. 

Ex. Lembre-se de que saímos tarde naquela noite.

Necessitamos de que alguém me ajude.

 

d) Completiva Nominal: a oração principal, pedirá um complemento um substantivo, um advérbio ou um adjetivo. 

Ex. Ficava-me a certeza de que havia algo errado naquele homem.

O juiz foi favorável a que os jurados absolvessem o indiciado.

 

e) Predicativa: na oração principal aparecerá um verbo de ligação, geralmente, o verbo “ser”. 

Ex. Ela não é quem você pensa.

A verdade é que se trabalha muito nesse país.

 

f) Apositiva: funciona como aposto da oração principal. 

Ex. Desejamos apenas uma coisa: que haja rigor na apuração dos fatos.

Imponho apenas uma condição: que eu faça parte da comissão julgadora.

 

Obs.: Na próxima postagem, apresentaremos As Orações Subordinadas Adjetivas. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

As Orações Coordenadas

 
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A frase constante na tirinha traz três orações estruturadas de forma coordenada.  A primeira, por se apresentar sem ligação, é uma oração coordenada assindética (sem síndeto, conectivo, conjunção): "A preguiça é a mãe de todos os vícios." Já as duas outras, apresentam conectivos de ligação. 

Veja:

 "Mas uma mãe é uma mãe..." e "...e é preciso respeitá-la, pronto." 

A primeira é uma oração coordenada sindética adversativa, porque traz a conjunção mas; e a segunda, pela presença da conjunção e, uma sindética aditiva.

                               

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É o período formado por orações independentes que se coordenam em uma sequencia e cada uma possui um significado integral. Dividem-se em:

1) Assindéticas: são aquelas que se apresentam ligadas a outras orações apenas por sinais de pontuação, sem o auxílio de conjunções coordenativas.

     Ex. Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

            Alguns reclamam, um ou outro protesta, ninguém reivindica.

2) Sindéticas: são orações ligadas a outras com o auxílio de conjunções coordenativas.

     Ex. O pescador prepara a isca e lança a linha na água.  

CLASSIFICAÇÃO DAS SINDÉTICAS

 a- Aditivas: e, nem, mas também. (Obs.: Sem a presença de vírgulas ligando as orações.)

    Ex. Não quero festas nem desejo despedidas.

           Ela levantou a cabeça e fitou-me.

 

b- Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

    Ex. Estava velho, porém mantinha a dignidade.

          Era um homem gentil, entretanto não agiu corretamente.

 

c- Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

    Ex. Ajude-o ou esqueça-o.

           Ou se tem chuva, ou se tem sol. (Nesse caso, as duas orações são sindéticas alternativas.)

 

d- Conclusivas: portanto, assim, por conseguinte, de modo que, em vista disso, logo, por isso, pois (após o verbo ou no meio de uma locução verbal)

     Ex. Tudo está em ordem, portanto não se preocupe.

            A garota demonstrou talento; será, pois, efetivada no cargo.

 

e- Explicativas: que, porque, pois (antes do verbo).

    Ex. Não venha agora, pois chove bastante aqui.

           Dirija devagar que o local é perto.

 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

A Página em Branco

 
https://escrevase.com.br/

Levante a mão aquele que nunca se desesperou diante de uma página em branco! Seja uma folha de papel ou a tela de um computador, este vazio diante de nossos olhos possui um poder implacável. 

Grandes autores já registraram suas angústias e seus temores sobre este momento em que tudo parece conspirar contra o escritor. Escritor, aqui, registre-se, no sentido amplo da palavra. O filósofo alemão, Rob Riemen, em seu livro Nobreza de espírito, comenta que “… as horas tornavam-se longas quando o papel ficava em branco”, para o grande Thomas MannCarlos Drummond de Andrade refletiu sobre a capacidade de a folha em branco deixar impotente o produtor textual no ato inicial da escrita de um texto. 

Seja literária ou não literária, a construção textual é um caminho a ser projetado, construído e revisto em cada etapa de sua criação. Fiquemos, neste momento, com uma reflexão sobre o processo de construção do texto não literário, do gênero dissertativo-argumentativo, haja vista a sua importância em vários contextos da sociedade contemporânea. 

Diferentemente da fala, na qual o usuário não se encontra restrito a um determinado espaço e dispõe de recursos, por exemplo, de corrigir qualquer ato falho que venha a cometer no processo comunicativo; na escrita, o produtor textual está subordinado a convenções linguísticas e discursivas que ele deve seguir, a fim de conseguir o seu objetivo. 

https://updateordie.com/

Quem escreve deve ter na mente, com clareza, o que irá dizer, para quem dizer e como dizer. O que irá dizer refere-se ao tema a ser abordado, à tese defendida por seu autor e aos argumentos que serão utilizados, a fim de conseguir a adesão do interlocutor, por isso se deve produzir uma argumentação consistente e irrefutável. 

É preciso, também, que se tenha uma imagem do leitor, porque será este que irá determinar a linguagem a ser utilizada pelo produtor textual. Em textos dissertativo-argumentativos, o uso da Variante Formal da Língua Portuguesa é obrigatório.

Como dizer talvez venha a ser a maior dificuldade encontrada por quem escreve. Para se diminuir a tensão deste momento, o escritor deve atentar aos seguintes aspectos: primeiro efetuar uma leitura atenta dos textos motivadores – se houver, é claro! – que algumas instituições colocam em provas para mobilizar e ampliar o conhecimento do candidato a respeito do assunto. Em seguida, ler o tema proposto, buscar as palavras-chave do enunciado e, em seguida, verificar as informações e conhecimentos disponíveis em sua bagagem cultural e que sejam significativos para o interlocutor. 

Agora o caminho se encontra pavimentado, e o produtor em condições para começar a escrever o seu texto. E como dissemos que todo texto é um processo de construção, o produtor deverá fazer uma revisão textual, antes de considerá-lo pronto. 

Boa caminhada! 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Demais x De mais

 
https://www.bradescoseguros.com.br/

Segundo o site https://www.dicio.com.br/, Demais indica intensidade e é usado ao lado de verbos, adjetivos e advérbios. Por exemplo: falar demais (falar = verbo), lindo demais (lindo = adjetivo), escrever bem demais (bem = advérbio). 

De mais indica quantidade a mais e é usado ao lado de substantivos. Exemplo: coisas de mais (coisas = substantivo), gente de mais (gente = substantivo). 

Assim, tanto "demais" (junto) como "de mais" (separado) são construções corretas, usadas em situações diferentes. 


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DEMAIS 

Escrito de forma junta, é um advérbio de intensidade. É utilizado ao lado de verbos, adjetivos e advérbios, para indicar que alguma coisa é feita de forma intensa e excessiva. É sinônimo de: em excesso, em exagero, excessivamente, muito, muitíssimo, além da conta, em demasia, demasiadamente. 

Ex. 

I – Você se preocupa demais com as coisas.

II – Não dá para ir agora, já é tarde demais.

III – Bom demais estar aqui com você! 

Obs.: Demais pode ser também sinônimo de os outros, os restantes. Com esse sentido, é um pronome indefinido plural e vem sempre precedido dos artigos definidos os ou as. 

Ex. Vamos indo que os demais irão depois. 

DE MAIS 

Escrito de forma separada, é uma locução adverbial. É utilizada ao lado de substantivos, para indicar uma noção de maior quantidade. É sinônimo de “a mais” e antônimo de “de menos”.

Ex. 

I – Ele deu dinheiro de mais para meu filho.

II – Já tem alunos de mais nesta sala de aula.

III – Comprei comida de mais, vai sobrar para amanhã. 

Obs.: Na expressão nada de mais, a expressão de mais está sendo utilizada para indicar que nada está ocorrendo fora do que é considerado normal, não sendo nada de importante ou nada de interessante. 

Ex. Não aconteceu nada de mais. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Dicas de Redação

 

https://www.saojosecolegio.com.br/

1) Não utilize todas as palavras do enunciado na sua introdução. 

2) Não faça digressões: vá direto ao assunto. 

3) Preferencialmente, utilize períodos e orações curtos. 

4) Elimine as palavras supérfluas. 

5) Use um tom impessoal na redação e um estilo culto, mas sem pedantismo. 

6) Atente para a correta acentuação das palavras. 

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7) Utilize com correção os sinais de pontuação. 

8) Evite sempre a fácil adjetivação, isto empobrece o texto. 

9) Esqueça as expressões orais, os chavões, gírias ao produzir o texto. 

10) Alterne os tempos da oração: isto enriquece a redação. 

11) Evite as generalizações sempre que possível. 

12) Escreva para expressar idéias, não para impressionar. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Descriminar x Discriminar

 
https://pt.slideshare.net/

As palavras parônimas são semelhantes, na escrita e na pronúncia, mas distintas em seus significados.


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 A  palavra  descriminar, escrita   com  “e”,  significa   inocentar, deixar  de  ser crime,  absolver  dentre outros

Veja:

Ex.: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas.

Nosso país se encontra atrasado ao não descriminar o aborto como o resto do mundo.

O acusado foi descriminado por ter agido em legítima defesa.

 

Já o vocábulo, discriminar, grafado com “i”, significa distinguir, diferenciar, classificar por algum critério dentre outros. Acrescente-se que, no plural discriminações, refere-se a crimes. 

Veja: 

Ex. Uma sociedade atrasada tende a discriminar a variedade de orientações sexuais. 

É necessário discriminar as compras na nota fiscal. 

Políticos nocivos possuem o costume de discriminar pessoas desfavorecidas. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Todo & Todo o

 
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Observe as seguintes construções: 

https://blog.flaviarita.com/

I) A entidade atua em todo país.

II) Toda praça fica iluminada à noite.

III) A entidade atua em todo o país.

IV) Toda a praça fica iluminada à noite.

A informação das frases dos exemplos I e II é a de que, respectivamente, a entidade atua em todos os países do mundo, e as praças, de qualquer lugar, ficam iluminadas à noite, pois “todo” e “toda” – sem a presença de artigos! – possuem o sentido de “qualquer”.

Já com a presença do artigo, os enunciados ficam com sentidos recortados, uma vez que a frase III informa que a entidade atua em todos os estados do Brasil, e a frase IV que apenas uma determinada praça fica iluminada à noite. Nesses casos, a presença do artigo depois de "todo" e de "toda" (também de "todos" e "todas") é obrigatória.

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Chamar a atenção & Chamar à atenção

https://ufla.br/noticias/


As duas construções gramaticais são reconhecidas pala variante formal da Língua Portuguesa e possuem sentidos diferentes. 

Veja: 

I – Chamar a atenção: sentido de se notar algo relevante.

Ex. Chama a atenção o desempenho do aluno em sala de aula.

      O discurso do ambientalista chamou atenção da plateia. 

https://blog.portaleducacao.com.br/

II – Chama à atenção: usado para repreender.

Ex. Brincadeiras em sala de aula foi o motivo de o professor chamar à atenção do aluno.

      O guarda de trânsito chamou à atenção do motorista por direção perigosa.

 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa