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Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa
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É o tempo de uma reunião, um encontro, uma assembleia.
Exemplos
1)
Chegaremos atrasados à sessão do cinema.
2)
Hoje, a sessão de fotos será no exterior.
3)
A sessão de terapia está atrasada.
4) Os senadores reuniram-se em sessão extraordinária.
SEÇÃO
É uma subdivisão, um segmento, repartição, parte de um todo.
Exemplos
1)
Aquela moça trabalha na minha seção.
2)
Mudei de estado, por isso, preciso saber qual a minha seção eleitoral.
3)
Lê somente a seção de esportes.
4) Procure isso na seção dos laticínios.
CESSÃO
Essa é mais uma palavra homófona que se junta à
sessão ou seção. Cessão é o ato de ceder, dar, renunciar.
Exemplos
1) O cantor fez a cessão de seus direitos autorais.
2) A cessão do salão reduziu os custos da
festa.
3) A ata contemplava a cessão de quotas da
sociedade.
4) A cessão do material solicitado será feita amanhã pela manhã.
Paulo Jorge de Jesus
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O período de chuvas no Brasil faz com que casos de dengue se intensifiquem. Desde o início do ano, o Ministério da Saúde está monitorando o crescimento da doença no país, já classificada como epidemia.
Mas você sabe por que a dengue é uma epidemia e não um surto?
A resposta está na ocorrência de casos nas cinco regiões do Brasil. Uma doença é considerada uma epidemia quando há número de casos acima do esperado em diversas localidades. Se a dengue tivesse atingido, mesmo em grande número, apenas regiões isoladas, seria considerada um surto.
Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil.
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Exemplo: no dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de dengue.
Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior
dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões
do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando
a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. A aids,
apesar de estar diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia.
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo).
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Paulo Jorge de Jesus
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As expressões linguísticas que trazemos para explicação, nesta semana, são construções reconhecidas em nossa língua, possuem a mesma pronúncia e, referem-se a um aspecto temporal. No entanto, apresentam entendimentos diferenciados.
Veja:
Ex. 1:
Eu nasci há dez mil anos atrás.
Pra que sofrer, se há sempre um novo amor.
Nos exemplos cima, em
Eu nasci há dez mil anos atrás, o
verbo haver está no sentido de fazer, e em Pra que chora, se há sempre um novo amor, no sentido de existir,
por isso a grafia da palavra há em ambas construções está correta. Então, não
esqueça: todas as vezes que for possível substituir o verbo haver por existir ou por fazer – em
tempo decorrido – a grafia da palavra deve ser “há”.
Ex. 2:
Iniciarei minha
pesquisa à uma hora da tarde.
O sino soará à uma hora na igreja da Piedade.
Já os enunciados acima, por trazerem hora definida, estão
grafados corretamente com o sinal grave indicador de crase. Aliás, a crase
existe em frases elaboradas com horas definidas.
Ex. 3:
Daqui a uma hora termina a palestra.
Sairemos a uma hora qualquer.
Nos últimos exemplos, utilizou-se apenas a grafia “a”, por não haver uma precisão de horas.
Paulo Jorge de Jesus
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Leia, atentamente, as seguintes frases:
a- Informamos que não aceitaremos nenhuma ofensa aos nobres deputados.
b- Os acusados disseram não ter participado de qualquer esquema de propina.
c- Não aceitamos qualquer tipo de jogo neste ambiente. Favor não insistir.
Analisando os sentidos das frases citadas, podemos garantir que seus autores veem a palavra qualquer como sinônimo de nenhum. É um equívoco, pois, embora sejam, morfologicamente, pronomes indefinidos, eles diferem em seus significados: a palavra qualquer pressupõe a existência de algo e nenhum a inexistência dele. Ou seja, elas não são sinônimas.
As frases, então, deveriam estar construídas da seguinte forma:
a- Informamos que não aceitaremos nenhuma ofensa aos nobres deputados.
b- Os acusados disseram não ter participado de nenhum esquema de propina.
c- Não aceitamos nenhum tipo de jogo
neste ambiente. Favor não insistir.
Detalhe: Frases em que aparece uma dupla negação, como O vereador não participou de nenhum esquema ilegal. – estão corretas. É o que se chama negação enfática.
Paulo Jorge de Jesus
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Eis uma confusão comum, mas fácil de
memorizar para não errar mais. Existem palavras com a letra C e D em várias
conjugações do verbo perder. Perca é uma das conjugações do verbo perder. Há
outras, como percamos, percais, percam. Porém, perda é sempre substantivo, não
uma conjugação do verbo perder. Perda ocupa as funções de sujeitou ou objeto. O
erro é usar perca no lugar de perda.
Certo:
A perda do emprego é ruim.
(Sujeito precedido do artigo
“A”: “perda do emprego”; predicado iniciado com verbo: “é”; e
advérbio: “ruim”).
Errado:
A perca do emprego é ruim. (verbo não leva artigo).
Certo:
A perda de um amigo entristece.
Errado:
A perca de um amigo entristece.
Certo:
A perda do horário da prova do Enem é grave!
Errado:
A perca do horário da prova do Enem é grave!
Não perca tempo com isso. / Isso é perda de tempo.
Desisto do meu time caso ele perca o jogo. / Mudo de time caso haja nova perda do jogo.
Paulo Jorge de Jesus
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A diferença é que a eficácia se refere a fazer a tarefa certa, completar atividades e alcançar metas. Já a eficiência é sobre fazer as coisas de forma otimizada, de maneira mais rápida ou com menos gastos.
Por exemplo, um carro pode ser uma forma de transporte muito eficaz, capaz de mover as pessoas para lugares específicos. Porém, um carro pode não ser o modo mais eficiente de transportar pessoas por causa do grande gasto de combustível.
Veja:
1) Eficácia – Quando a tarefa é executada
da melhor maneira possível, com menor desperdício de tempo, esforço e
recursos.
Ex. Meus
pensamentos não mudaram sobre a eficácia do sistema
econômico.
Embora a eficácia ainda
esteja incerta, a segurança não.
Os
dados duvidosos parecem não ter relação com a eficácia do
medicamento.
2) Eficiência – É algo adequado para
atingir um propósito, de modo a alcançar o resultado pretendido ou esperado.
Ex. Gerir pessoas com eficiência
é um dom e uma arte para poucos.
Muitos pensam que ser metódico é
loucura; não, é eficiência.
A capacidade mental é que comprova a eficiência da tua atitude.
Paulo Jorge de Jesus
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Leia as seguintes frases grafadas, a
seguir, e, antes de verificar a resposta com a devida explicação, diga se ambas
as construções estariam corretas:
a) A equipe terminou a temporada na última colocação, com 65 derrotas e só 17 vitórias, numa campanha sofrível.
b) A equipe terminou a temporada na última colocação, com 65 derrotas e só 17 vitórias, numa campanha muito ruim.
Diferentemente do que possa parecer, sofrível não quer dizer “muito ruim” ou "que faz sofrer". O Dicionário Aurélio de Português Online lista, para esse adjetivo, os seguintes significados: "suportável, quase suficiente, moderado, razoável, acima de medíocre, que está entre o bom e o mau". Portanto, apenas o enunciado da Letra B está correto.
Algo que se pode suportar: Como um dia frio, mas não insuportável, ou uma situação difícil, mas não impossível de lidar.
Algo que não é bom, mas também não é ruim: Um
resultado de teste que não foi ótimo, mas também não foi uma falha completa, ou
um filme que não é espetacular, mas também não é terrível.
Algo que está na média: Um
desempenho que não se destaca, mas também não é abaixo do esperado.
Paulo Jorge de Jesus
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Leia
um trecho da entrevista que o economista e filósofo Eduardo Giannetti
da Fonseca deu à Folha de S. Paulo, em 16 de julho
deste ano:
“Por
outro lado, ao defender celeridade não se arrisca o inverso, defender uma
politização do Judiciário.”
Giannetti
da Fonseca – Não se trata disso (Se Lula poderá ou não concorrer à presidência
no próximo ano). Até porque não estou falando de mérito, os juízes que decidam
o que for o correto na avaliação deles. Mas é preciso sensibilidade, como por
exemplo Moro teve em sua sentença, em não mandar prender Lula. ”
A
palavra como e a expressão por
exemplo, constantes no último período da resposta do filósofo,
possuem o mesmo valor semântico, o que resulta em um pleonasmo vicioso como “subir
para cima”, “encarar frente a frente”, “acabamento final”
dentre outras construções que empobrecem os enunciados linguísticos tanto orais
como escritos. Para eliminar o problema, nesse caso, basta retirar a
expressão por exemplo. Veja:
Mas é preciso
sensibilidade, como Moro teve em sua sentença, em não mandar prender Lula.
No entanto, existe a possibilidade de se usar os
termos, ao se colocar a expressão por exemplo após a exemplificação. Veja:
Mas é preciso sensibilidade, como Moro teve em sua sentença,
em não mandar prender Lula, por exemplo.
Aliás,
nesse caso, convenhamos, a frase ganha uma visível elegância.
Há
casos em que se pode, simplesmente, retirar ou a palavra ou a expressão para se
corrigir o problema.
Veja
as duas formas e com os mesmos sentidos:
Ex. Temos argumentos sólidos, como a comprovação do
superfaturamento.
Ou
Ex. Temos argumentos sólidos; por exemplo, a comprovação do
superfaturamento.
Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa
As expressões existem em nossa língua e estão absolutamente corretas, no entanto muitos produtores textuais enfrentam dificuldades no momento de usá-las, porque elas são expressões homófonas, ou seja, possuem o mesmo som, embora os sentidos delas sejam diferentes.
Veja:
1) Acerca de: significa “a respeito de”, “sobre”.
Ex. O ex-patrão deu
boas referências acerca do novo funcionário.
No final de semana,
conversamos acerca da economia brasileira.
A mídia divulga
informações distorcidas acerca de certos políticos.
2) A cerca de: valor aproximado de um determinado dado numérico.
Ex. Salvador fica a
cerca de 118 km de Feira de Santana.
Pedi a cerca de
vinte jornalistas que ficassem atentos às últimas notícias.
No show de Chico
Buarque, ficamos a cerca de quinze metros do palco.
3) Há cerca de: ideia de tempo decorrido.
Ex. As aulas
recomeçaram há cerca de duas semanas.
Há cerca de dez
dias o gerente não aparece na loja.
Estudo História da
Cultura há cerca de cinco meses.
Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa
“É proibido” ou “é proibida”? e, também, “É necessário” ou “É necessária”? Todas as construções são permitidas! Sim. Mas cada uma em seu devido lugar.
O adjetivo “necessário” é masculino singular quando:
A) Não há especificação (um artigo, por exemplo) do substantivo com o qual concorda.
É necessário
confiança! (Substantivo
feminino, porém sem determinante)
É necessário
dinheiro para isso. (Substantivo
masculino, sem determinante)
B) A oração complementar é feita com o verbo no infinitivo.
Acho,
então, necessário procurar um médico.
C) Há especificação do substantivo com o qual concorda e ele é um substantivo masculino singular.
Para que dê certo, é necessário o apoio de todos.
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O uso do adjetivo no feminino singular se dá quando:
A) Há especificação do substantivo feminino com o qual concorda:
É necessária
a confiança. (Substantivo
feminino, com artigo definido)
Para
entrar na festa, é necessária a apresentação desse convite.
Essa
explicação foi realmente necessária para
você?
Essas construções podem realmente nos confundir e nos fazer errar na hora de escrever. Portanto, é necessário prestar atenção nessas construções.
Paulo Jorge de Jesus
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Leia as
frases, abaixo relacionadas, e diga se ambas estão corretas ou apenas uma
delas:
a- Não temos nenhum programa a esconder, à medida que nossa atividade é pública.
b- Não temos nenhum programa a esconder,
na medida em que nossa atividade é pública.
Você acertou se marcou apenas a segunda opção, pois a expressão à medida que dá a ideia de proporção o
que, claramente, não é o sentido da oração.
Veja:
Ex. À medida que as chuvas aumentam,
as ruas e as avenidas ficam alagadas.
Desenvolvemos nossos conhecimentos,
à medida que ampliamos nossas leituras.
À medida que ouvia a narrativa, seu interesse aumentava.
Já a expressão na medida em que equivale
a visto que, já que, uma vez que, ou
seja, possui ideia de causa, que é o caso da segunda frase:
Ex. Não temos nenhum programa a
esconder, visto que nossa atividade é pública.
Já que você estará em casa
neste final de semana, cuide das crianças.
Uma vez que não se interessa
por Arte, desistiu do curso.
Obs.: Faltou
dizer que ambas as expressões são locuções conjuntivas.
Paulo Jorge de Jesus
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