O Arco-íris eleitoral,
A Baía não está dividida entre azul e vermelho. Não se enganem os políticos. E nem todo azul é rico e nem todo vermelho é pobre. Se há cores eleitorais no Brasil, elas são da cor de políticos, da cor de eleitores e da cor de humanos em processo. Os políticos eram eleitos e se tornavam proprietários do Estado. E brigavam, desesperadamente, para estender a permanência. Os eleitores votavam, se revoltavam, e reclamavam. Ah! Como os eleitores se queixaram de tudo, desde sempre, há tanto tempo.
Os políticos eleitos para executar e fiscalizar, e os funcionários concursados para vigiar e punir os eleitos, pagos com salários diretos, indiretos e muito prestígio, são, sempre foram, alérgicos a criticas. Houve tempo em que era impossível criticar. O Correio Nagô pagava contas telefônicas astronômicas. As televisões filmavam os fatos que, editados, privilegiavam interesses. Mas existe a verdade? Indagou, agora, um neurônio religioso. Nem Jota Cê respondeu a isso. Calou-se porque estava cansado da dor, alegou um neurônio humano, demasiado humano. Poderia ter dito que verdade é o relato mais próximo de um fato.
Sobre eles, os fatos, os jornais se dividiam em oposição e situação. Posição era raro. Ainda é. E entre os fatos, as lendas e as fábulas, com uma ditadura, quase pontual, desencaminhando as conquistas, o Brasil, a rainha que a lucidez escondeu, caminhava. Aí, humanos em processo tomaram gosto pela posição e se tornaram eleitores. As redes sociais abriram seus portais para todas as posições, e cada mural é um jornal que, lido e freqüentado, pode fazer um estrago internacional em questão de segundos. Como se vê, nada mais está dividido entre azul e vermelho. Há um arco-íris nas disputas.
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