A Sintaxe é a parte da Gramática Normativa da Língua Portuguesa que trata da relação entre os termos da oração. Já a Morfologia lida com termos e expressões da frase, mas isoladamente. Não verdade, não é tão solitária essa relação, mas deixemos esse assunto para outra oportunidade.
Voltando à Sintaxe, esta se desmembra nos seguintes termos:
– Essenciais: São os responsáveis pela estrutura básica da oração. Desempenham essa função o sujeito, o predicado e o predicativo do sujeito. Na realidade, essencial mesmo o predicado, haja vista existirem orações sem sujeito e sem predicativo do sujeito.
– Integrantes:
Possuem a função de complementar o sentido de determinados nomes e verbos. O
objeto direto, o objeto indireto, o complemento nominal e a agente da passiva
são os agentes complementares.
Dentre esses termos, alguns causam dificuldade de reconhecimento e uso por parte do usuário da língua. É o caso do Aposto e do Vocativo. Observe, atentamente, porque eles são bastante diferentes.
Leia este poema de Adélia Prado:
"A maravilha dá de três cores:
branca, lilás e amarela,
seu ouro nome é bonina.
Eu sou de três jeitos:
alegre, triste e mofina,
Ó ministério profundo!
O amor!"
Aposto: é o termo que,
acrescentado a outro termo da oração, tem a função de ampliar, resumir,
explicar ou desenvolver o conteúdo do termo ao qual se refere; no caso do poema,
a função exercida por " branca, lilás e
amarela " e “alegre, triste e mofina”.
Veja os tipos:
Ex. Salvador, primeira
capital do país, já possui mais de 460 anos. (Explicativo)
Aprecio todos os tipos de
música: rock, MPB, samba etc. (Enumerativo)
Crianças, jovens, velhos ninguém
gostou do espetáculo. (Resumitivo)
O rio Amazonas é o maior do Brasil. (Especificativo)
Este último é o único que não aparece acompanhado de vírgulas.
Observe, agora, a seguinte tirinha:
Veja mais alguns exemplos:
Ex. Oh, Deus! Onde
estás que não respondes!
A vida, meu rapaz,
tem dessas coisas.
A vida é feita de escolhas, minha amada.
Obs.: Percebeu, também, que ele
pode aparecer em qualquer parte da oração?!
Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa
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