A ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO
1. Introdução
É a parte da Dissertação em que se apresenta o Tema que deverá ser desenvolvido, progressivamente, no decorrer do texto e o Ponto de Vista do produtor textual. A idéia principal é o ponto de partida do raciocínio. A elaboração dessa etapa inicial exige boa capacidade de síntese, pois a clareza alcançada na exposição da idéia constitui uma das formas de obtermos a adesão do leitor ao texto.
2. Desenvolvimento
Esta é a parte fundamental da dissertação, pois dela depende a profundidade, a coerência e a coesão do texto. Deve-se fazer uma escolha prévia das idéias que fundamentarão a tese e dividi-las em parágrafos.
A princípio, como critério organizador, cada idéia do desenvolvimento pode constituir um parágrafo, claro que com a devida flexibilidade. Entre os parágrafos, deve haver uma concatenação natural das idéias; para isso auxiliam certos conectores (conectivos), como “por outro lado”, “além disso”, “entretanto”, “apesar disso”, “mesmo assim” etc., que garantam a coesão do texto.
Para a formulação das idéias do desenvolvimento, pode-se lançar mão de exemplificação, de enumeração, de relações de causa e conseqüência, de comparação de contraste, de tempo e de espaço.
3. Conclusão
É a parte final do texto, para a qual convergem todas as idéias anteriormente desenvolvidas. Há dois tipos básicos de conclusão: a Sugestão - que o produtor textual não é obrigado a ter uma solução para o problema apresentado ou Reafirmação do Ponto de Vista, na qual o autor, com outras, palavras, reafirma sua posição apresentada na Introdução.
Em todas essas possibilidades, contudo é necessário que haja coerência e coesão entre as idéias que compõem cada uma das partes da dissertação.
Veja, a seguir, um passo a passo para a construção de uma Dissertação, a partir de um tema proposto. A saber:
Tema: A importância da educação no trânsito
Argumentações:
__ Desrespeito do pedestre aos sinais de trânsito. 1o.
__ Ausência do cinto de segurança. 2o.
__ Uso de celular ao volante. 3o.
__ Desrespeito do motorista aos sinais de trânsito. 4o.
Texto
Educação para a cidadania
A julgar pelo procedimento de motoristas e pedestres nas ruas do perímetro urbano de nossas grandes cidades, o brasileiro está necessitando, urgentemente, de aulas de como se comportar corretamente no trânsito. Aulas estas, aliás, que poderiam evitar muitos acidentes.
É muito comum presenciarmos pessoas atravessando determinadas pistas fora da faixa. Este fato, inclusive, pode gerar graves conseqüências, como atropelamentos fatais. Algumas vezes, essas pessoas encontram-se próximas ao local indicado para atravessar a rua, mas, mesmo assim, preferem correr perigo. É difícil entender a razão de alguém não perder alguns minutos na vida em nome de sua própria segurança.
Segundo pesquisas realizadas e devidamente comprovadas, o cinto de segurança protege motoristas e passageiros em casos de acidentes graves; no entanto, ainda é comum o registro de condutores de veículos desrespeitando essa norma. O uso do telefone celular, que pode colaborar na desatenção do motorista, é, terminantemente, proibido ao volante, porém a infração à lei tornou-se outra prática habitual no trânsito.
Outro comportamento negativo e típico do brasileiro é – neste caso de motoristas e pedestres – não respeitar o sinal vermelho. Isso tanto demonstra o nosso desprezo pela vida humana, quanto representa um verdadeiro atestado de nossa ignorância e incivilidade.
As autoridades e órgãos competentes precisam urgentemente tomar medidas educacionais com relação a esse assunto; pois, respeitar as leis de trânsito, mais que representar o progresso social de um país, significa exercer, efetivamente, a sua cidadania.
Paulo Jorge de Jesus
Janeiro de 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário