sábado, 24 de dezembro de 2016

 Série Bicicletas, por Alemão

Alemão desenvolve o grafitti e as artes plásticas desde 2004. Com o grafitti registra a arte urbana em espaços públicos apontando as realidades locais e dando vida à grandes superfícies, monumentos e regiões isoladas de diversas cidades do Brasil.  

Participou de diversas exposições apresentando a sua arte utilizando como suporte monumentos de grandes dimensões. Devido à sua forma de expressão arrojada e criativa foi um dos artistas plásticos convidado à participar do projeto Rino Mania 2011 onde o objetivo é apresentar numa exposição itinerante por todo Brasil, rinocerontes gigantes e a disseminação da arte associada à preservação de espécies em extinção. 
 
Seus quadros atuais que compõe a Série Bicicletas, apresentam um colorido diversificado, símbolos e personagens imaginários característicos que conduzem as bicicletas à passeios pelas cidades, seja dia de sol ou de chuva distribuindo sentimentos de alegria, perseverança, humildade, amizade e amor, colorindo, alegrando e encantando o espectador de forma social, criativa e contemporânea.  

https://www.democrart.com.br/artist/detail/artista.306/alemao/




 
 

 

domingo, 4 de dezembro de 2016


 Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo. 


Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão. 


Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira. 


Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta. 


Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente. 


Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem. 


Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
                                                                                                                                                                                              Ferreira Gullar
                                                       Os Melhores Poemas de Ferreira Gullar

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Vaquejada


http://atarde.uol.com.br/charges/aziz-vaquejada
Acesso em:  22 de novembro de 2016, às 22h12.

sábado, 15 de outubro de 2016

O Rio e o Oceano


Diz que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha pra trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas,
através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro é renascimento. Assim como nós. Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem! Avance firme e torne-se Oceano!

Osho

sábado, 8 de outubro de 2016

Como separar sílabas...


A divisão silábica consiste na identificação e delimitação das sílabas de cada palavra. O conhecimento das regras de divisão silábica é útil para a translineação das palavras, ou seja, para separá-las no final das linhas. 

Quando houver necessidade da divisão, ela deve ser feita de acordo com as regras abaixo. Por motivos estéticos e de clareza, devem-se evitar vogais isoladas no final ou no início de linhas, como a-sa ou Urugua-i.

Entre as diversas regras existentes, destacam-se:

- Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.

- Regras práticas:
  • ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba: au-tô-no-mo, ou-to-no, di-nhei-ro, sal-dar, dês-mai-a-do, U-ru-guai, i-guais, quais-quer, u-ru-guai-a-na;
  • Separam-se grupos formados por ditongo decrescente + vogal (aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: prai-a, tei-a, joi-a, sa-bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, con-lui-o, tui-ui-ú. Não confunda com tritongo: tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal (SV+V+SV);
  • os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do:a, ca-a-tin-ga, sa-ú-de, flu-ir;
  • os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba: chu-va, mo-lha, es-ta-nho, guel-ra, a-que-la, to-cha, fi-lha, ni-nho, que-rer, guei-xa;
  • as letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, , xs, e xc devem ser separadas: bar-ro, as-sun-to, des-cer, nas-ço, es-xu-dar, ex-ce-to, car-ro, nas-cer, dês-ço, ex-ces-so;
  • os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser separados, excetuando-se aquelas em que a segunda consoante é l ou r: Ex.: ab-do-me, sub-ma-ri-no, ap-ti-dão, dig-no, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-lo, ad-mi-tir, ob-tu-rar; a-pli-ca-ção, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, de-ca-tlo. Exceção: ab-rup-to;
  • Os grupos consonantais que iniciam palavras não são separáveis: Ex.: gnós-ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co. Lembre-se! Não há sílaba sem vogal;
  • Separam-se as vogais idênticas aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, cç. Ex.: Sa-a-ra, com-pre-en-do, xi-i-ta, vo-o, pa-ra-cu-u-ba; oc-ci-pi-tal, in-te-lec-ção;
  • Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos: in, a, dês, intra, pré, supra, semi, etc.). Ex.: de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do. Uma vez incorporado à alguma palavra, esses elementos mórficos passam a fazer parte da nova palavra. Portanto, obedecem às regras gerais;
  • Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte se iniciar por vogal. A consoante sempre se ligará à vogal subsequente. Ex.: sub-lin-gual, su-ben-ten-der, dis-fun-ção, di-sen-te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go;
Na translineação (partição das palavras em fim de linha), além das normas estabelecidas para a divisão silábica, seguir-se-ão os seguintes critérios:  
  • Dissílabos como ai, sai, ato, rua, ódio, unha, etc., não devem ser partidos, para que uma letra não fique isolada no fim ou no início da linha;
  • Na partição de palavras de mais de duas sílabas, não se isola sílaba de uma só vogal: agos-to (e não a-gosto), La-goa (e não lago-a), ida-de (e não i-dade);
  • Na partição de compostos hifenizados, ao translinear, repetir-se-á o hífen quando a seção da palavra coincidir com o final de um dos elementos do vocábulo composto. (cf. Novo acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Ex.: saca-/-rolhas, melão-de-/-são-caetano, Maria-vai-/-com-as-outras.
  • Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetivada, formar-se palavra estranha ao contexto. Não quer dizer aqui que essas separações silábicas sejam erradas; é uma simples questão de elegância de estilo. Ex.: presi-/-dente, samam-/-baia.
Retirado do site: http://www.gramaticaparaconcursos.com

sábado, 1 de outubro de 2016


A poesia postada hoje é de autoria do meu aluno Vitor Moura, estudante do Terceiro Ano, do Ensino Médio, do CERS - Colégio Estadual Raphael Serravalle, e recitada no Café Cultural da Turma B, para o tema "Moda e estética: da cultura ao mercado".

Terna e provocadora, a poesia de Vitor Moura é um afago a nossa eterna rebeldia.
 

Salve, Vitor!
 

                                                         Poesia

Que seja!
Eu que não me rendo,
não me entrego.

Não banho-me em ouro,
em dor
ou sacrifício.

Sou o que soa:
harmônico
ou dissonante.

Por este viés,
sou cheio de mim,
sou completo.

E se indagas minha pele,
meu corpo
e meu cabelo,

te convido
a aprofundar-te
em meu olhar.

Exijo que reconheça
a harmonia
em me pertencer.

Ordeno que enxergue
o orgulho
em ser dono de mim,

em ser
o que eu quiser ser,
quando quiser.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016




Partido de programa
                                                                                      
SÃO PAULO - O PMDB resolveu pensar. Eis aí uma notícia: o partido que se confunde com a política do pragmatismo cego está disposto a apresentar sua visão sobre o futuro do Brasil. A legenda que virou sinônimo de oportunismo e fisiologia no país teria percebido agora que lhe falta um lastro (ou lustro) doutrinário. Ora, o PMDB não precisa de um programa de governo, mas de um manual de conduta.

Ainda assim, Michel Temer encomendou ao partido um texto que não seja de "extremos", e sim "moderado para o Brasil". É até divertido o contraste entre uma prática tão voraz e a retórica da "moderação". Além disso, a ideia de que o aliado servirá de freio a eventuais radicalismos do PT na formulação do governo Dilma Rousseff soa apenas como manobra diversionista para desviar das reais motivações de uma aliança que Ciro Gomes batizou de "roçado de escândalos".

A escassez de ideias, de bandeiras e de lideranças não é, no caso do PMDB, um problema, mas a condição para que ele seja o que é.

Como o partido, à medida que engordou, perdeu sua massa crítica (e encefálica), teve que recorrer a um serviço de "sábios delivery" para pensar o país. E nada sintetiza melhor o fundo farsesco desse esforço programático do que a presença de Roberto Mangabeira Unger entre os neopeemedebistas pensantes.

Mangabeira – diga-se logo – é um intelectual de grande envergadura, criado no ambiente da esquerda liberal norte-americana. Mas suas ideias, embora originais, foram sendo tragadas pelo ridículo de suas incursões desastradas na vida política – uma mistura de voluntarismo ingênuo com oportunismo feroz.

Mangabeira já foi brizolista, já apoiou Ciro à Presidência, já se lançou por um partido nanico ao Planalto, já disse que o governo Lula era o mais corrupto da história e já foi, depois disso, ministro de Lula. Com essa trajetória, faz sentido que esse Professor Pardal itinerante e sempre disposto a salvar o Brasil esteja agora a serviço do PMDB.

Fernando de Barros e Silva, Folha de S. Paulo. 24 de março de 2010.

Charge retirada de: www.simancablog.blogspot.com.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

  QUEM NÃO TEM EMAIL, XIMBA!

Aí galera, Esse email é de Claudinei, mas aqui é Jonilso que está falando.

É porque eu não tenho email, aí ele me liberou para escrever no dele. E eu quero falar é sobre isso mesmo: email. O problema é o seguinte: outro dia eu estava procurando um serviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja de computador. Aí eu fui lá ver o que era mesmo. Botei uma roupa bonita que eu tenho, joguei meu sapato chique e fui lá. Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulher me deu e fiquei lá esperando. Moreno de gravata e etc., eu só "nada... estou com medo nada!". Aí, eu estou lá sentado, para, aí a mulher me chama para entrevista, lá na sala dela. Ela é muito boa! Entrei na sala dela, sentei, para, aí ela começou: a mulher perguntou coisa como o que eu não sabia responder, se eu sabia fazer alguma coisa sobre isso e eu só "sim senhora, que eu já trabalhei nisso e naquilo", jogando 171 na mulher e ela comendo legal!

Aí ela parou assim, olhou pra ficha e mim perguntou mesmo assim: "você mora aí, é?", aí eu disse "é". Só que eu não sou menino, botei o endereço de um amigo meu e o telefone, que eu já tinha dado a idéia pra ele que se ela ligasse para ele, ele dizia que eu sou irmão dele e que eu tinha saído, para ela deixar recado, que aí era o tempo dele ligar para o orelhão do bar lá da rua e falar comigo ou deixar o recado que a galera lá dá. Eu não vou dá meu endereço que eu moro em um lugar longe! Aí a mulher vai pensar o quê? Vai pensar que eu sou vagabundo também, não é pai... Nada! Aí, estava. A mulher só perguntando e eu jogando um "h" na mulher, e ela gostando ... se abrindo toda... mulher boa é essa! Aí ela mim disse mesmo assim: "olhe, mim dê seu email que aí quando for para lhe chamar... - a mulher já iria me chamar já - ... quando for para lhe chamar, eu lhe mando um email". Aí eu digo "e agora?O que eu faço". Aí eu disse a ela mesmo assim "olhe, eu vou lhe dar o email de um vizinho meu para a senhora, que ele tem computador, aí ele mim avisa". Mentira, que o rapaz mora muito longe e o computador e é lá do trabalho dele, aí ele iria ter que mim avisar pelo telefone lá da rua.

 Aí, depois quando eu disse isso, a mulher empenou. Sem mentira nenhuma, ela me disse mesmo assim: "aí, não! como é que você quer trabalhar na loja de computador e não tem email?". Aí ela bateu no meu ombro assim e disse "Olhe, hoje em dia, quem não tem email ximba!". Falou mesmo assim, a mulher! Mas aí, eu ia fazer o que, não tinha saída?

Aí uns dias depois eu acabei conseguindo um serviço de ajudante de pedreiro: pegava muito no batente! Eu pego 7 horas da manhã e leva direto, de 7 a 7 horas, aí meio dia para, para almoçar, comida fria por demais, e acabou o almoço não descansa não, volta para o serviço. É, muito trabalhoso... é muito mesmo. É por isso que eu digo, é como a mulher disse: "quem não tem email ximba, rapaz!". É isso aí. Os rapazes que não receberam esse email vão ximbar, mesmo, dando muito trabalho, quando chegar o fim do mês, receber muito pouco. Agora para você que recebeu esse email, eu vou lhe dá a idéia, vá lá na loja que ainda tem a vaga! Já fui!

Esse email é de Claudinei, mas aqui é Jonilso que está falando.

Valeu!

Jonilso
http://vidadeumagarotaamiga.blogspot.com.br