Ao Leitor Atento - II
Na última postagem, vimos um texto que possui uma característica rara na Língua Portuguesa, ou seja, a inexistência de palavras construídas com a utilização da letra A, certamente o fonema mais importante da língua, pelo fato de ele ser apenas vogal e, diferentemente das outras semivogais, nunca uma semivogal nas construções silábicas. E como as consoantes e as semivogais não formam núcleo da sílaba, então o fonema A é o mais importante da Língua Portuguesa. Daí o inusitado daquela produção textual.
A fim de ampliar e enriquecer o seu percurso interpretativo, sugerimos que você responda as seguintes perguntas ao final da leitura:
Qual o entendimento que você faz do título do texto? Que conselho o autor dá para os escritores conservarem seus eventuais leitores? Você concorda com o autor a respeito da frase “Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço?” Qual a diferença de postura entre o leitor dorminhoco, o leitor semidesperto e o leitor atento?
Confira a sua resposta com a deste blogueiro, no final da postagem.
Mãos à obra e ótima leitura!
Não despertemos o leitor
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista: “O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!”
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.
Mário Quintana
Abraços Fraternos,
Paulo Jorge
R. “... como, aliás, os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete...” Os sábios da Grécia eram seis ou sete?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário