segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Diferença entre textos dissertativos - I

 
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Segundo o https://www.infoescola.com/, os textos Dissertativo-Expositivo e Dissertativo-Argumentativo são bastante parecidos, sobretudo com relação às características estruturais, estilo e função de linguagem. Entretanto, há um detalhe que os diferencia: enquanto o texto Dissertativo-Expositivo é impessoal, ou seja, não apresenta marcas de argumentação e de opinião do autor, no texto Dissertativo-Argumentativo, as informações são inseridas com o objetivo de reforçar a argumentação e a defesa de tese, convencendo o leitor a acatar o ponto de vista e concordar com a opinião do autor sobre o assunto.

Veja, a seguir, um exemplo de um texto Dissertativo-Expositivo. Na próxima postagem, apresentaremos um texto Dissertativo-Argumentativo com o mesmo tema, para que você possa verificar, na prática, a diferença entre eles. 

Ótimos Estudos! 

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Antártida, um desafio e uma esperança 

         A Antártida representa a última porção de terra emersa ainda pouco conhecida e explorada. É um continente que aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados que, segundo os geólogos, se originou no Mesozóico, separando-se da África, Austrália, Índia e América do Sul, possivelmente em razão de gigantescas perturbações geofísicas e geológicas ocorridas naquele período. Por aquela época, a Antártida ainda não se encontrava nas latitudes atuais, e possuía florestas tropicais e fauna abundante, que se foram extinguindo lentamente, à medida que a região se deslocava para a posição na qual hoje se encontra, com a chamada deriva dos continentes. 

          Ao contrário do Ártico, que se compõe de enorme massa oceânica congelada, o continente antártico é praticamente construído por uma imensa massa terrestre, totalmente coberta de gelo, o qual, sem dúvida, protege o mistério das idades que presidiram sua formação e certamente guarda, sob suas espessas camadas, inesgotáveis recursos minerais. 

          A primeira incursão de caráter científico que se tentou realizar na Antártida foi a efetuada por Sir James Cook, que a bordo do Resolution executou a primeira viagem de circunavegação em torno daquele continente, entre 1772 e 1775, chegando a atingir a latitude de 71°1O'S. Cook nessa viagem demonstrou a continuidade das águas ao redor da Antártida e desfez a ilusão de que a Austrália se prolongasse em latitudes antárticas, chegando até a duvidar da existência de um continente no extremo meridional, pois não o encontrou nas várias oportunidades em que cruzou o Círculo Polar Antártico. 

          No último decênio do século XVIII e inicio do século XIX, as viagens exploratórias oficiais ao continente antártico foram interrompidas, certamente pela situação política com que se encontrava a Europa, desde o início da Revolução Francesa até o fim das Guerras Napoleônicas. Entretanto, um aspecto importante que possibilitou a descoberta e o conhecimento das regiões antárticas, desde a viagem de Cook, foi o ciclo de caça da foca, abundante nos arquipélagos austrais descobertos por essa época.

          Depois da primeira Guerra Mundial, que interrompeu por algum tempo as expedições à Antártida, essas passaram a beneficiar-se consideravelmente dos novos avanços tecnológicos, sobretudo a aviação e a radiotelegrafia. À renovação da indústria baleeira, à importância das observações meteorológicas para a navegação marítima e aérea e para a climatologia, aliou-se a possibilidade de exploração futura de valiosos recursos minerais. Dentro dessas novas perspectivas é que, em 1928, Richard Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, com a ajuda financeira de grandes empresários americanos, organizou uma expedição à Antártida, com o navio City of New York, levando a bordo um avião, com o qual realizou a primeira viagem aérea sobre aquele continente, sobrevoado inclusive o Pólo Sul, em novembro de 1929.

 Manual de redação do Correio da Bahia. 

Paulo Jorge de Jesus
Professor Especialista em Língua Portuguesa

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