terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para a sorte do Brasil mudar

postado por Tatiana Mendonça @ 6:56 AM
12 de setembro de 2011
Aninha Franco
Sonhei José Sarney devorado por uma sucuri. E acordei no sete de setembro, necessitada de uma pugna* imensa. A pugna, muito usada pelos românticos, por Castro Alves no Dois de Julho, caiu em desuso. Precisamos retomá-la e aplicar no sete de setembro, feriado vão, já que a independência se faz agora,  já que sempre houve um gringo pongado em nossa miséria, já que os prenúncios de independência foram no Dois de Julho (1823) e Revolta dos Búzios (1796), pugnas imensas coloniais. Depois dessas constatações, bairristas, como gostam os baianos que têm, e usam, balangandãs, fui às ruas em busca de um motim contra a corrupção. Qualquer um. De preferência com muita gente.
A semana foi puxada. O silêncio da presidente, iniciado com a declaração de que o Brasil não é Roma, esbarrou na afirmação de Berlusconi de que a Itália é um país de merda, e se rompeu sem discurso de palácio. Rousseff disse que nada do que foi pago para resolver as questões da Saúde, foram a ela e evitou falar da faxina. Aí, os discursos de palácio comeram no centro. Lula declarou que foi a mãe do Brasil, com aquela barba de quem nunca foi mãe de coisa nenhuma, diante de um País combalido pela corrupção. FHC escreveu sobre a corrupção como quem nunca passou 8 anos na presidência da república. E Candido Vaccarezza festejou, em foto, a vitória da corrupta Jaqueline Roriz.
Maluf comemorou 80 anos de lesões ininterruptas ao País, já que nasceu para fraudar, com a presença de Temer, Alckmin e Kassab. Para suportar essas cenas nauseabundas, só um motim. Sem gelo. Qualquer um. Não vesti preto como no dia em que Fernando Collor nos pediu para usar verde e amarelo. Vesti azul pela sorte do Brasil, como na música de Wilson Simonal, que não era dedo-duro, era ingênuo, e foi tomado pela arrogância da Fama, a louca que atira pedras.
Vesti azul, para que os políticos brasileiros sejam barrados na prática estonteante da corrupção que, dizem, já nos levou uma Bolívia só nesta década. Barrados por Dilma Rousseff, por Pedro Simon, pelas prensas da Imprensa. Mas, sobretudo, por nós.
http://www.atarde.com.br/revistamuito/
*Ação ou resultado de lutar, combater.

Um comentário: